postado em 03/06/2009 10:04
A Secretaria Estadual da Fazenda de São Paulo fez nesta terça-feira (2/6) uma devassa em 13 empresas suspeitas de participar de fraudes na venda de merenda escolar para a Prefeitura de São Paulo e outras cidades do Estado. A Operação Pratos Limpos buscava indícios de sonegação fiscal e da existência de supostas empresas satélites usadas para ocultar e lavar ativos. Em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate à Formação de Cartéis e Lavagem de Dinheiro (Gedec) e a Promotoria da Cidadania, do Ministério Público, os fiscais visitaram 37 escritórios em 11 áreas do Estado em busca de documentos.
Na ação, foram apreendidos livros contábeis, arquivos, computadores. ;A Receita fará um relatório sobre o que foi constatado que nos será encaminhado;, afirmou o promotor Arthur Lemos Pinto Junior, do Gedec. Os promotores investigam a suspeita de formação de cartel por parte dos fornecedores de merenda, além de corrupção, fraude em licitação, improbidade administrativa.
Além de questionar a terceirização da merenda por ter supostamente aumentado em até três vezes os custos para a Prefeitura, os promotores suspeitam que a qualidade dos alimentos fornecidos era inferior à contratada pelo Município. Os promotores já dispõem de relatos sobre as movimentações financeiras suspeitas com saques de R$ 200 mil em dinheiro vivo feitos por supostos laranjas de algumas das empresas investigadas. A Prefeitura de São Paulo afastou funcionários supostamente envolvidos com as empresas suspeitas, mas pretende manter a terceirização do serviço da merenda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.