postado em 03/06/2009 17:48
Os parentes dos passageiros do voo AF 447, da Air France, que estão hospedados no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade, formaram uma comissão para acompanhar as buscas e as investigações sobre o desaparecimento do Airbus A330, enquanto sobrevoava o Oceano Atlântico, na madrugada de segunda-feira (1º/6).
Segundo Nelson Faria Marinho, de 66 anos, pai de um dos passageiros do avião desaparecido, o grupo pretende viajar até Recife para ficar mais perto do Arquipélago de Fernando de Noronha, de onde a Marinha e a Aeronáutica comandam as buscas. ;Essa vontade já foi comunicada à Air France e provavelmente a Força Aérea Brasileira [FAB] vai disponibilizar um avião para nos levar até lá;, afirmou Marinho, cujo filho, também chamado Nelson, viajava para Angola e faria conexão em Paris.
Marinho reclamou do tratamento que alguns veículos de comunicação estão dando à situação, ao afirmar que não haveria mais chances de encontrar sobreviventes. Ele disse que muitos dos parentes dos passageiros ainda têm esperanças. "Meu filho, por exemplo, tem curso de sobrevivência debaixo d;água. Se ele teve uma chancezinha, ele está vivo e ainda ajudando outras pessoas. A gente vai continuar acreditando, enquanto não vir a realidade. Até agora a gente não viu;, acrescentou.
Sobre a assistência que a Air France está oferecendo às famílias dos passageiros, Marinho disse que está sendo satisfatória. Ele contou que sua mulher chegou a passar mal, mas foi prontamente atendida pela equipe de médicos de plantão.
Mais cedo, Marteen Van Sluys, irmão da jornalista Adriana Francisco Van Slyus, já havia elogiado os serviços prestados. ;A equipe está sendo muito atenciosa e o atendimento, principalmente com psicólogos, é individualizado. Na madrugada, quem não conseguiu dormir, ficou na sala disponibilizada pela companhia aérea, e foi confortado pelos psicólogos.;