postado em 04/06/2009 09:09
Panes elétricas e problemas mecânicos foram fatores contribuintes para 26% dos acidentes e incidentes aéreos envolvendo aviões da família Airbus desde 1983, segundo relatórios do National Transportation Safety Board (NTSB), órgão oficial dos Estados Unidos responsável por investigações de acidentes com aeronaves. Foram contabilizados pelo menos 28 casos de problemas em 106 registros do NTSB. O índice é pouco maior que a média mundial, que engloba todos os modelos de aviões - de acordo com o Bureau d'Archives des Accidents Aéronautiques, da Suíça, 20,72% dos acidentes aéreos até hoje foram causados por falhas técnicas
O exame indica que até o sofisticado sistema computadorizado dos jatos Airbus estão sujeitos a falhas, ainda que raras. Em alguns casos, como no acidente com o A320 da TAM, que deixou 199 mortos em julho de 2007, tudo indica que o manejo desses controles tenha induzido a tripulação a erro.
A chamada ;família A; da fabricante francesa Airbus é equipada com o sistema fly-by-wire, no qual os controles direcionais do avião funcionam por cabos elétricos ligados a pequenos motores instalados nas asas. Em muitos casos, o sistema do Airbus não permite que o piloto cancele as manobras - em outras aeronaves, onde o controle aerodinâmico é feito por cabos mecânicos, o piloto consegue mudar manobras sem a interface do computador.
No ano passado, dois aviões da companhia aérea australiana Qantas tiveram problemas com o sistema eletrônico de proteção automatizado do Airbus. Sensores da aeronave enviaram informações incorretas aos computadores de voo, o que fez com que tomassem medidas de emergência automaticamente para corrigir problemas inexistentes. Como resultado, os jatos tiveram uma queda brusca de altitude e quase se acidentaram, sem que o piloto tivesse sequer tocado no manche. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.