postado em 04/06/2009 10:10
O advogado Marco Túlio Moreno Marques, que perdeu os pais no acidente da Air France, disse nesta quarta-feira (3/6) que muitos familiares que estão no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, não queriam a divulgação dos nomes dos parentes que estavam no acidente com medo da ação de golpistas. ;Todos se lembram que, na época do acidente da Gol, oportunistas usaram nomes das pessoas mortas para fazer compras e abrir financiamentos. Os familiares das vítimas tiveram sérias dificuldades no momento do inventário por causa das dívidas contraídas pelos falsários;, afirmou.
Marques se referiu ao acidente com o Boeing 737-800, com 154 pessoas a bordo, que desapareceu do radar quando voava de Manaus para Brasília. Não houve sobreviventes. Depois ficou comprovado que a queda foi provocada pelo choque da aeronave com um avião Legacy, pilotado por norte-americanos. O advogado também não queria os nomes dos pais na lista da Air France. Depois ele se conformou. ;Não adiantou muito porque a imprensa publicou antes; disse.
Dante D;Aquino, advogado da associação formada por parentes das vítimas do voo da Gol, citado por Marques, tem avaliação diferente sobre a função da lista. ;A ausência da divulgação atende mais aos interesses da empresa aérea do que a proteção das familiares;, opinou. ;É por meio dos nomes divulgados que há comunicação entre os familiares e mobilização para exigir os direitos;, defendeu o advogado ao falar que o argumento de preservar os parentes de estelionatários é frágil. ;Diariamente estamos expostos. Não é a divulgação que move grupos de criminosos.; As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.