postado em 05/06/2009 08:25
Enquanto um representante de cada família de passageiros do voo AF-447 chega hoje a Fernando de Noronha para acompanhar as buscas, os parentes que ficarem no Rio terão um encontro com familiares de vítimas de outros acidentes com aviões ocorridos no Brasil. Organizados em uma comissão, familiares do voo 447 estudam como estabelecer na Justiça responsabilidades cíveis e criminais da Airbus e da companhia francesa.
Integrantes da Associação das Famílias e Amigos das Vítimas do Voo JJ-3054 da TAM (AfavTAM), criada após o acidente ocorrido em julho de 2007, em São Paulo, quando 199 pessoas morreram após um Airbus da TAM sair da pista de Congonhas (São Paulo) e explodir em um hangar da empresa brasileira, estarão no Hotel Windsor. ;Como se trata do mesmo consórcio fabricante (Airbus) da aeronave da Air France, vamos querer saber tudo o que eles (os parentes das vítimas) descobriram e passaram nesses dois anos;, explicou o empresário carioca Maarten Van Sluys, 47, irmão de Adriana Van Sluys, 40, assessora da Petrobras que embarcou no voo 447.
Ontem, o ministro da Justiça, Tarso Genro, anunciou a intenção de criar uma Câmara Indenizatória, para atender as famílias de vítimas do voo 447. Genro lembrou os trabalhos da Câmara de Negociação criada para atender as famílias de vítimas do voo 3054 da TAM depois do acidente de julho de 2007, durante a tentativa de pouso no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, que resultou na morte das 199 pessoas a bordo. De acordo com o ministro, 80% dos pedidos levados à Câmara foram resolvidos extrajudicialmente.