postado em 05/06/2009 09:03
As declarações do ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim, na quarta-feira (3/6), descartando as hipóteses de uma explosão e de um incêndio no Airbus A330-200 foram vistas com ceticismo e críticas, nesta quinta-feira (4/6), na França, antes mesmo de a Marinha confirmar que os destroços recolhidos não eram do avião da Air France. Enquanto as autoridades dizem que nenhuma hipótese pode ser descartada, especialistas reiteraram que, mesmo em caso de explosão, o combustível transportado pela aeronave poderia não se pulverizar no oceano.
Em entrevista coletiva concedida na quarta, no Rio de Janeiro, Jobim afirmou que a concentração de óleo em uma mancha no Oceano Atlântico - que depois foi descartada como sendo do avião - indicaria que o Airbus teria colidido contra a água e não se partido em pleno voo. ;A existência de mancha de óleo pode eventualmente excluir uma explosão;, avaliou Jobim.
Em Paris, a declaração repercutiu na imprensa porque, pela primeira vez, uma autoridade de um dos dois países envolvidos no caso descartou hipóteses relacionadas às causas do acidente com o voo AF 447. Procurada pela reportagem, a direção do Escritório de Investigações e Análises para a Segurança da Aviação Civil (BEA, na sigla em francês) se recusou a comentar a posição de Jobim. O órgão é o responsável pela investigação, já que o desastre aconteceu em águas internacionais e com avião matriculado na França. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.