postado em 09/06/2009 17:59
Policiais militares que tentam reprimir um protesto na USP (Universidade de São Paulo) lançaram por volta das 17h50 desta terça-feira mais bombas de efeito moral contra os manifestantes, que bloquearam o acesso à universidade. Ainda não há informações sobre feridos ou sobre quantas pessoas participam do protesto.
Segundo informações preliminares da reitoria da USP, os manifestantes jogaram pedras e paus contra os PMs, que reagiram.
Antes da confusão, estudantes e funcionários já haviam se reunido em frente à reitoria. Conforme o Sintusp (sindicato dos funcionários), o ato envolveria alunos, funcionários e professores da USP, Unesp e Unicamp, convocados pelo Fórum das Seis --que representa funcionários, professores e estudantes das três universidades paulistas. A reitoria informou que o confronto com a PM envolve apenas estudantes.
Os manifestantes protestam contra a presença da Polícia Militar no campus da USP. Em resposta à permanência da PM, professores e alunos, que não haviam aderido à paralisação, decidiram entrar em greve na última quinta-feira.
Nesta terça, o governador José Serra (PSDB) afirmou que o governo cumpre uma ordem judicial e, por isso, mantém a PM na universidade. "A questão é a seguinte: o governo está cumprindo ordem judicial. A reitora pediu segurança e o governo não tem outra alternativa se não cumprir a ordem judicial dada por um juiz", disse.
De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) o portão 1 de acesso à USP --localizada na rua Alvarenga-- foi bloqueada pelos manifestantes, mas não há informações sobre quantos estudantes participam do ato.
Os manifestantes pedem a reabertura das negociações com o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) e a retirada da PM do campus da USP. Desde o dia 1°, policiais militares permanecem na USP para evitar que funcionários, em greve desde 5 de maio, bloqueiem a entrada de prédios, incluindo o da reitoria, impedindo a entrada dos que não apoiam a greve.
Os grevistas querem reajuste salarial de 16%, mais R$ 200 fixos, além do fim de processos administrativos contra servidores e alunos que participaram de greves anteriores.
As negociações entre o Cruesp e o Fórum das Seis --que representa funcionários, professores e estudantes das três universidades paulistas-- estão paradas desde 25 de maio.
Na ocasião, um grupo de estudantes invadiu a reitoria após os reitores impedirem parte dos alunos e um sindicalista de participar da reunião.