postado em 16/06/2009 21:25
Alguns dos parentes de vítimas do voo 447 da Air France já começaram a receber um adiantamento das indenizações pelo acidente ocorrido no último dia 31 de maio. Segundo a agência de notícias BBC Brasil, a informação é do diretor geral da seguradora francesa Axa, Patrick de la Morinerie, que não revelou maiores detalhes sobre o número de famílias que já receberam o pagamento de parte dos valores a que têm direito.
"As primeiras cartas foram enviadas no fim de semana para os parentes das vítimas que entraram em contato com a Air France. Este adiantamento é de cerca de 17,6 mil euros (cerca de R$ 47 mil)", disse o diretor à agência de notícias.
A antecipação será depois deduzida da quantia total a que cada família tem direito. Segundo a BBC Brasil, as regras em relação às indenizações de passageiros que tenham sofrido lesões corporais, falecido a bordo de avião ou durante operações de embarque/desembarque são fixadas pela Convenção de Montreal, de 1999, ratificada tanto pelo Brasil, quanto pela França.
A Convenção de Montreal não fixa teto para as indenizações no caso de lesões corporais ou morte do passageiro. Elas podem ser ilimitadas, sendo calculadas em função da situação social e profissional de cada vítima. A única exceção que isenta a companhia aérea de indenizar uma determinada vítima é quando ela consegue comprovar que esse passageiro cometeu uma falha ou agiu com negligência.
Cerca de 15 companhias de seguro devem cobrir as indenizações do acidente. A francesa Axa, seguradora da Air France e também da Airbus, administra todo o contrato, em nome das outras seguradoras.
Os 216 passageiros estão cobertos pela apólice de seguro da Air France. No caso da tripulação, o contrato é relativo a acidentes de trabalho. As seguradoras da Air France também deverão indenizar a companhia aérea em um montante estimado em 67,4 milhões de euros pela perda do Airbus.
Segundo a BBC Brasil, as estimativas são de que as indenizações do voo 447 podem custar entre US$ 330 milhões e US$ 750 milhões, no caso de ações na Justiça. Se esta estimativa estiver correta, o acidente com o Airbus A 330 da Air France pode se tornar o mais caro da história da aviação, à frente da queda de um avião da America Airlines em 2001, que custou US$ 708 milhões.