Brasil

Polícia investiga assassinato de coordenador de liga de camponeses no Pará

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postado em 18/06/2009 20:06
A Polícia Civil de Redenção investiga o assassinato do coordenador da Liga dos Camponeses Pobres do Pará e Tocantins, Luiz Lopes Barros, uma das lideranças mais conhecidas do movimento camponês da região. O delegado responsável pelo caso, Paulo Gaurão, diz que Luiz Barros estava desaparecido desde a última sexta-feira (12/6). Segundo o delegado, o corpo foi encontrado por volta das 10h da segunda feira (15/6), na zona rural de Conceição do Araguaia, no estado do Pará. ;Ele foi encontrado, aparentemente, com disparo de arma de fogo, mas isso só vai ser confirmado por meio da perícia já requisitada. Nós não descartamos nenhuma hipótese, mas já estamos seguindo duas linhas de investigação e estamos bastante adiantados.; O delegado diz que não pode adiantar quais são as linhas de investigação adotadas porque isso atrapalharia o trabalho da polícia, mas acrescenta que cerca de 15 testemunhas já deram depoimentos. A agente da Comissão Pastoral da Terra de Conceição do Araguaia, Ana de Souza Pinto, diz que, apesar de ainda não se ter indícios de possíveis mandantes, o assassinato pode estar ligado à questão agrária da região. ;O que se sabe é, da forma como ele foi encontrado, que foi um crime de encomenda. Nada foi roubado, a moto em que ele viajava estava próxima do corpo, os documentos e tudo o mais. No ano passado, havia, sim, ameaças de conhecimento público, mas ameaças vindas de A, de B ou de C não se sabia.; A agente acredita que o engajamento do líder dos camponeses pode ter incomodado. ;A gente vive numa região que, historicamente, tem tido lutas muito acirradas em torno da questão da terra.; Em nota, a Liga dos Camponeses Pobres do Pará e Tocantins informa que, há tempos, os camponeses das cidades de Redenção e Conceição do Araguaia vêm sofrendo ameaças por telefone e têm se sentido perseguidos por meio de rondas por motos e carros suspeitos, inclusive em suas residências. A liga acrescenta que já fez diversas denúncias, mas, segundo a nota, nada foi feito até agora.

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