postado em 23/06/2009 09:30
Em reunião de quase três horas, na segunda-feira (22/6), o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) e o Fórum das Seis, com representantes de trabalhadores, alunos e professores da USP, Unesp e Unicamp, avançaram pouco rumo a um entendimento.
Os reitores mantiveram a oferta de aumento salarial de 6,05% (referente às perdas inflacionárias do período de abril de 2008 a maio de 2009), proposta a princípio não aceita pelo Sindicato dos Trabalhadores (Sintusp) nem pela Associação dos Docentes (Adusp), que pedem outros 10% referentes a perdas históricas dos últimos 20 anos. Os resultados da reunião serão levados a assembleias nos próximos dias.
Para o diretor de base do Sintusp, Magno de Carvalho, continua a greve que paralisa parte dos serviços da USP desde 5 de maio. "Não houve avanços e a reunião foi de apresentação de propostas deles", disse.
O presidente da Adusp, Otaviano Helene, questionou a planilha de custos da universidade. "Na reunião anterior o orçamento apresentado trazia aumento de custos com folha de pagamento em 12%, sendo que o incremento no salário foi de 6%. A justificativa eram os aposentados, contabilizados duplamente. Hoje (ontem) eles justificaram essa diferença dizendo que era o investimento em plano de carreiras. No mínimo, não há transparência na gestão dos recursos da universidade".
Em nota, o Cruesp disse que "reitera sua disposição em manter o poder aquisitivo dos salários", oferecendo reajuste baseado no índice IPC-Fipe, "mesmo em face da queda de 4,88% da arrecadação do ICMS de janeiro a maio, em relação aos valores previstos para o período".
Com relação à Univesp, o recuo não foi considerado uma vitória, já que o adiamento do curso aconteceu por causa de um atraso na assinatura do convênio com o governo.