postado em 25/06/2009 08:48
Três homens foram presos nesta quinta-feira (25/6) acusados de sequestrar dois vigilantes no Itaim Bibi, zona sul de São Paulo. Marcos César de Aguirre Joma, Rogério Cavaleiro e Cláudio José de Nicolai foram capturados na região do Butantã, zona oeste da capital, por policiais militares da Força Tática do 16º Batalhão.
Eles foram detidos no local onde marcaram o pagamento do resgate com o chefe das vítimas. Elas não sofreram ferimentos. Um quarto sequestrador que participou do crime não havia sido preso até o fim da madrugada.
Para render as vítimas, os criminosos se identificaram como policiais. Segundo os reféns, um deles chegou a mostrar um distintivo e afirmou ser delegado.
Os vigilantes Alexandre Andrade, de 37 anos, e Samir Madeira Bocker, de 20 anos, tomavam café em um posto de gasolina, no Itaim Bibi, quando foram abordados ontem à noite. Encapuzados, eles foram jogados dentro de uma caminhonete.
"Eu até questionei o motivo de tudo isso e eles falaram que queriam conversar com a gente. Mas daí já deu para perceber que era um sequestro", disse Andrade. O chefe dos vigilantes tinha combinado de encontrá-los no posto e, quando chegou, viu a abordagem de longe.
Cerca de meia hora depois do sequestro, os criminosos recolheram os celulares das vítimas e entraram em contato com o chefe delas, exigindo o pagamento de R$ 25 mil como resgate. A testemunha avisou a Polícia Militar e passou a negociar com os bandidos, orientada pelos policiais da Força Tática.
Nesta madrugada os policiais prenderam Marcos, de 48 anos, Rogério, 36, e Cláudio, 37, e libertaram Bocker, que estava em poder dos criminosos. Andrade foi encontrado em seguida, encapuzado, em uma praça próxima ao local da onde os criminosos foram presos. "Eles tinham me deixado lá um pouco antes e mandado eu não me mexer e não tirar o capuz da cabeça. Fiquei com medo de ter alguém me observando então fiquei quieto" explicou Andrade.
Com os acusados, além da caminhonete, foram apreendidos uma arma e dois carregadores. O trio foi levado para a sede do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), onde o caso foi registrado.
Engano
As vítimas acreditam que os sequestradores tenham se enganado ao tomá-las como reféns. "Eles abordaram as pessoas erradas. Eles queriam dinheiro, mas a gente não tem", afirmou Bocker.
"Estou tremendo até agora", confessou, já na delegacia. O vigilante disse que, assim como o amigo, permaneceu encapuzado durante todo o trajeto com os bandidos. "Quando tiraram o saco preto da minha cabeça, vi que era a polícia que estava lá", afirmou.