postado em 29/06/2009 15:42
O prefeito de Itaqui (RS), Gil Marques Filho (PDT), pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o envio de funcionários para acompanhar o trânsito de pessoas no porto da cidade, que fica na fronteira do Estado com a Argentina, e identificar possíveis casos suspeitos de influenza A (H1N1), a chamada gripe suína. De acordo com o prefeito, o órgão não tem posto na cidade. Itaqui foi o segundo município gaúcho a decretar emergência por causa da enfermidade, depois de São Gabriel. Ontem foi confirmada a primeira morte causada pela doença no País - a vítima foi um caminhoneiro que estava internado em Passo Fundo (RS).Marques Filho informou que a prefeitura deslocou três funcionários para o porto, no Rio Uruguai, para orientar os mais de 200 moradores e caminhoneiros que trafegam por dia pelo local ponto de entrada e saída de mercadorias para países vizinhos. De acordo com ele, Itaqui tem quatro casos suspeitos da gripe suína: três pessoas da mesma família (mãe e dois filhos) que estiveram em Buenos Aires e a empregada da casa onde moram. Ele disse que o material para coleta de amostras chegou hoje à cidade e lamentou o fato de não ter sido possível fazer antes o procedimento para diagnóstico.
Por causa dos casos suspeitos, o prefeito decretou no sábado situação de emergência em Itaqui. A medida determina a suspensão por dez dias, de aulas nas escolas públicas e privadas, atingindo quase dez mil estudantes. Marques Filho explicou que a suspensão foi estendida para creches e escolas que funcionam no interior do município. Segundo ele, a decisão foi tomada em coordenação com a Secretaria da Saúde do Estado.
Marques Filho afirmou que inicialmente era contra o decreto de emergência, por alterar a rotina da cidade, mas decidiu adotá-la de forma preventiva. "Resolvi preservar a saúde, mesmo correndo o risco de ser acusado de precipitação", disse.