postado em 29/06/2009 16:08
Cerca de 250 motoristas de vans que operam linhas intermunicipais ficaram concentrados na manhã de hoje (29/6) na Candelária, no centro do Rio, para protestar mais vez contra o processo de licitação do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro). Eles querem que o governo estadual mude os termos da licitação. A Polícia Militar e a Guarda Municipal acompanharam toda a manifestação.Muitos motoristas saíram em suas vans da Baixada Fluminense e seguiram em direção ao centro do Rio pela Avenida Brasil, onde o trânsito ficou congestionado e os veículos foram retidos pela PM. Vans que trafegam pela rodovia Washington Luís também foram interceptadas e impedidas de chegar ao centro.
O presidente da Cooperativa Uruguaiana, Nailton Pires, informou que a categoria não é contrária à licitação, mas contestou a exigência de muitas documentações dos motoristas. Outro problema, segundo Nailton, é que o processo de licitação cria outras linhas.
;O processo mexeu com quase todas as linhas de vans. O transporte alternativo opera há mais de dez anos. Então, parte da população está habituada a determinado itinerário e há uma clientela para essas vans. A licitação inaugurou linhas não operadas por ônibus e por vans. Se, a partir de agora, você passa por um local e não carregar ninguém, não há lucro e consequentemente o pagamento de prestações e de outros compromissos será atrasado;, disse Pires.
Ele acrescentou que muitos motoristas assumiram diversas dívidas para renovar a frota. ;De um ano e meio para cá, todo mundo renovou a frota. As vans, por exigência do Detro, estão novas, porque após cinco anos o carro não pode operar no transporte. Então, tudo mundo entrou em prestação. Como não temos isenção, nossas prestações são longas, de 48 prestações. Muitos motoristas estão pendurados em dívidas.;
Este foi o segundo protesto da categoria em menos de uma semana. O primeiro ocorreu na última terça-feira em frente ao Palácio Guanabara, em Laranjeiras, zona sul do Rio, onde houve um confronto entre policiais e motoristas. Duas pessoas foram detidas e outras duas ficaram feridas. O governo alega a maioria dos manifestantes operava vans ilegalmente.