postado em 03/07/2009 15:40
Os exames de sangue dos tripulantes do navio Kintfi, que atracou no Porto do Rio de Janeiro com uma pessoa infectada por malária devem ficar prontos até segunda-feira (6/7), de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).Segundo o órgão, o navio, que veio da Nigéria, foi dedetizado para evitar a proliferação da doença ; transmitida por um mosquito. Mesmo assim, os 16 tripulantes foram recomendados a não deixar a embarcação até o resultado final dos exames. O tripulante doente está em tratamento em uma unidade da Fundação Oswaldo Cruz.
A Anvisa explicou que o comandante do Kintfi omitiu dos técnicos da vigilância a presença de um tripulante com malária, ao atracar, na última quarta-feira (1;/7), no Porto do Rio. Caso a informação tivesse sido prestada, o navio deveria ter ficado em quarentena, em alto-mar, ou em lugar determinado pela Anvisa.
O órgão de vigilância também informou que as operações deveriam ficar suspensas na embarcação. No entanto, muitos estivadores estão trabalhando no navio, auxiliando no embarque de arame e vergalhão, de acordo com o sindicato dos estivadores.
O vice-presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes dos Trabalhadores Portuários (CPATP), Eduardo Souza, disse que a guarda portuária tem atuado para impedir a operação do navio, mas que muitos trabalhadores preferem se arriscar.
;Tem gente que está trabalhando, correndo risco. Eles dizem que o navio está liberado, mas tem trabalhadores que não estão se entregando [respeitando a determinação], por medo;, afirmou.
Apesar de recomendar a suspensão das atividades, a Anvisa reforçou que após a dedetização, o navio não oferece mais risco. De acordo com a agência, caso a malária seja detectada em outros tripulantes, eles também devem ser tratados no Brasil.