postado em 09/07/2009 09:57
Pela primeira vez desde o final da Guerrilha do Araguaia, em 1975, o Exército abre hoje uma base militar em atividade para o reconhecimento de locais de sepultamento de ossadas de integrantes do movimento de resistência à ditadura militar ocorrido no sul do Pará. Com apoio dos próprios militares, uma equipe de legistas estará hoje na Base de Treinamento Cabo Rosa, a cerca de dez quilômetros do centro de Marabá. A expedição é a primeira de uma série que vai se espalhar por 15 pontos da região do Araguaia definidos ontem.A operação de busca foi montada pelo Ministério da Defesa para cumprir uma decisão da juíza Solange Salgado, que cobrou da União a localização das ossadas de guerrilheiros. Chefiada pelo general Mário Lúcio Alves Araujo, a expedição irá mapear uma área de selva da base de treinamento. Para se chegar ao local, o grupo fará uma caminhada de uma hora e meia na floresta. O nome da base é uma homenagem ao cabo Odylio Rosa, morto pelo grupo do guerrilheiro Osvaldo Orlando Costa, o Osvaldão, em maio de 1972.
Ontem, o grupo de militares e legistas visitou as dependências da extinta Base Militar da Casa Azul, um complexo de 17 mil metros quadrados, em Marabá. Os legistas pretendem escavar, a partir de agosto, uma área nos fundos do comando da unidade. Também foram vistoriados três cemitérios oficiais e um clandestino no município.