postado em 11/07/2009 14:54
Os pacientes que estão sendo atendidos neste sábado (11/7), no Hospital Emílio Ribas (SP), com suspeita de estarem com gripe suína reclamam da forma como o diagnóstico é feito pelos médicos. A vendedora Giovana Martins, de 27 anos, foi ao hospital e relatou aos médicos que sentia dores no corpo, febre de 39ºC e diarreia, desde quarta-feira.
Segundo ela, ao chegar ao Emílio Ribas, foi preciso preencher uma ficha detalhando os sintomas e informando se teve contato com alguém doente. Sem realizar nenhum tipo de exame, o médico disse que ela não está com a nova gripe. "Eu trabalho com o público. Não sei se tive contato com alguém doente", diz.
Antes de se dirigir ao Emílio Ribas, ela já havia passado por dois hospitais na região de Osasco. Nenhum deles soube orientá-la. "Os hospitais não têm informação suficiente para tratar pacientes com suspeita de gripe suína. Estou com medo porque ninguém sabe diagnosticar com precisão", afirma Giovana. Sem nenhuma resposta satisfatória, a vendedora decidiu tomar um medicamento para gripe comum que foi receitado em um dos hospitais.
Elaine Silva, de 31 anos, levou a filha de 7 anos ao hospital após saber que a garota teve contato com uma criança cubana na escola, que veio fazer um curso de férias. Além disso, a menina tem sintomas compatíveis com os da nova gripe. De acordo com Elaine, mesmo após informar que a filha tem febre de 38ºC, dores no corpo e diarreia, os médicos disseram ser pouco provável que a menina tenha contraído a doença porque o garoto estrangeiro não desenvolveu nenhum sintoma.
"Fiquei preocupada depois que aquela menina de 11 anos, de Osasco, morreu por causa da gripe suína. Ela também não viajou e nem teve contato com pessoas com a doença", afirma. Ninguém do Hospital Emílio Ribas quis se pronunciar sobre o assunto.