postado em 13/07/2009 17:33
Um protesto contra ações de fiscalização do Instituto Chico Mendes e do Instituto Brasileiros do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Rondônia está bloqueando a estrada de acesso s obras da Usina de Jirau, no município de Porto Velho.
O consórcio Energia Sustentável, responsável pelas obras, informou que as polícias Militar e Federal já foram chamadas e que uma liminar na Justiça está sendo buscada que a entrada da usina seja liberada pelos manifestantes. Segundo o consórcio, cerca de 800 trabalhadores estão ilhados e sem almoço por causa do bloqueio, que começou hoje (13) de manhã. As atividades no canteiro não foram completamente interrompidas, mas estão prejudicadas.
De acordo com o superintendente do Ibama em Rondônia, César Luiz Guimarães, a usina não tem relação direta com o protesto e está sendo usada como ponto de visibilidade pelos manifestantes. O motivo, na realidade, são as ações de fiscalização que o Ibama e o Instituto Chico Mendes têm feito na Floresta Nacional de Bom Sucesso, que fica a cerca de 100 quilômetros de Jirau.
Guimarães disse que as ações de fiscalização têm ocorrido desde 12 de maio e visam a combater a extração ilegal de madeira e a executar ordens judiciais que determinam a saída dos rebanhos bovinos da reserva em até seis meses. Nós estamos apenas cumprindo decisões judiciais, mas temos enfrentado resistência, porque, desde que as ações começaram, e elas são diárias, a extração ilegal de madeira está paralisada e as atividades relacionadas a ela também, afirmou Guimarães.
Ainda segundo ele, nenhum grupo assumiu a liderança do protesto ou procurou o Ibama para negociar. "Eu sei o que estou lendo nos jornais locais. Ninguém do grupo se manifestou conosco. Parece que são madeireiros de Rio Pardo e Jacy-Paraná, afirmou. Guimarães informou que ninguém foi preso durante as ações de fiscalização, feitas em colaboração com o Exército e a Força Nacional de Segurança. Houve, no entanto, apreensão de motoserras, caminhões e madeira de foram aplicadas multas.
Conforme a assessoria do consórcio Energia Sustentável, os manifestantes alegam que as ações do Ibama estão ferindo acordos que os governos estadual e federal firmaram com eles, deixando-os permanecer na reserva.