postado em 14/07/2009 08:50
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação, vai dar bolsas para todos os alunos de pós-graduação das Regiões Norte e Centro-Oeste que não tenham auxílio financeiro para seus estudos.
O novo programa, Bolsa para Todos, será anunciado nesta terça-feira (14/7) pelo presidente da Capes, Jorge Guimarães, na reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Manaus.
O objetivo, segundo Guimarães adiantou com exclusividade ao jornal O Estado de S. Paulo, é incentivar a formação e a fixação de mestres e doutores na Amazônia. "Não teremos mais estudante de pós-graduação na região sem bolsa", disse.
O sistema começará a funcionar em agosto. O valor das bolsas, segundo Guimarães, será integral e estará disponível para estudantes de universidades públicas e privadas. O recurso não será repassado diretamente aos alunos, mas às instituições nas quais eles estiverem matriculados.
"Quem fará a avaliação de mérito é o curso", explicou Guimarães. Ele não soube especificar quantos alunos serão beneficiados ou quanto isso custará, mas garantiu que a Capes está preparada para atender 100% da demanda. "Recurso não é um fator limitador", explicou.
Segundo ele, há 160 mil estudantes de pós-graduação no Brasil. Desse total, um terço tem vínculo empregatício e, por isso, não pode receber bolsa federal. O restante, metade tem bolsa e a outra parte não tem nenhum dos dois. Esse último grupo é o que poderá se beneficiar do programa.
Segundo ele, há 160 mil estudantes de pós-graduação no Brasil. Desse total, um terço tem vínculo empregatício e, por isso, não pode receber bolsa federal. Outro um terço tem bolsa. Outro um terço não tem bolsa nem vínculo empregatício.
Esse último grupo, que não possui nem bolsa nem vínculo empregatício, é o que poderá se beneficiar do programa. Segundo ele, há 4.400 doutores na Amazônia Legal hoje, comparado a cerca de mil há oito anos. Isso corresponde a 6% do total de doutores do País.