postado em 15/07/2009 09:06
Os moradores da Favela do Sapo, localizada na pista local da Marginal do Tietê, temem que a Prefeitura de São Paulo comece nesta quarta-feira (15/7) os trabalhos de desapropriação do terreno, por isso realizaram uma reunião e decidiram conversar ainda com os representantes da Prefeitura no momento em que o efetivo responsável pelos trabalhos chegar.
A intenção dos moradores é convencer a Prefeitura a adiar a desocupação e conseguir um respaldo financeiro para as cerca de 450 famílias que moram no local e que tiverem de abandoná-lo. Caso não cheguem a um acordo as famílias podem resistir. Nenhuma das faixas da Marginal do Tietê havia sido bloqueada até as 7h.
Hoje, no começo da manhã, ainda era calmo o clima na Favela do Sapo, localizada no sentido Penha, entre as Pontes da Freguesia do Ó e do Limão, na Água Branca, zona oeste da capital paulista. Parte das famílias que moram no local fechou os acessos às vielas da favela utilizando carrinhos de mão com entulho e pedaços de madeira e outros objetos.
Policiais militares estão posicionados no local desde o fim da madrugada apenas para, segundo eles, evitar uma eventual tentativa dos moradores de fechar a pista da Marginal do Tietê, como ocorreu ontem (14/7).
A subprefeita da Lapa, Soninha Francine, afirmou que cerca de 80 famílias que estão há mais de cinco anos na favela têm direito a atendimento habitacional - indenização. As demais seriam atendidas ou não, de acordo com critérios da Secretaria de Habitação (Sehab).
A capital tem 1.632 favelas - 19 delas nas Marginais. A Sehab coordena a remoção das moradias em áreas consideradas de risco.