Brasil

Mulher suspeita de matar ex-boxeador pode deixar a prisão

postado em 16/07/2009 10:05
Pode deixar a prisão ainda hoje Amanda Carine Barbosa Rodrigues, de 23 anos, que está presa sob acusação de ter assassinado o marido, o ex-boxeador canadense Arturo Gatti, de 37 anos. O promotor de Ipojuca Roberto Brayner recebeu no fim da manhã de ontem (15/7) o pedido de vistas ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O corpo do ex-boxeador seguiu na madrugada de ontem para o Rio de Janeiro, de onde foi levado para Montreal, no Canadá, onde deve ser sepultado. A polícia vai fazer na próxima segunda-feira (20/7) a reconstituição do assassinato. O boxeador foi encontrado morto num flat na praia de Porto de Galinhas, na madrugada do último sábado. O procedimento deve acontecer à noite e contará com a participação da mulher do campeão mundial superleve e superpena. O delegado Paulo Alberes, titular de Ipojuca, que assumiu o caso anteontem, já solicitou autorização judicial para a liberação da suspeita, que está na Colônia Penal Feminina do Recife. O advogado Celio Avelino, que defende a viúva, garantiu que sua cliente vai colaborar com a investigação. Amanhã, a polícia vai interrogar mais uma vez Amanda Carine. Se a Justiça autorizar, o depoimento deve acontecer em uma delegacia. Os indícios de que Amanda Carine estaria envolvida com a morte do marido ganharam ainda mais força após o depoimento do irmão do ex-lutador, Fabrízio Gatti, ocorrido na manhã de ontem na delegacia de Boa Viagem. Ele também declarou à polícia que a cunhada já havia ameaçado o irmão de morte. "Ele disse ainda que a cunhada e o irmão brigavam constantemente", adiantou o delegado Paulo Alberes. Na última terça-feira, o padrasto do ex-pugilista disse ao site do jornal canadense The Globe and Mail que, no mês passado presenciou uma briga do casal e ouviu Amanda Carine jurá-lo de morte. "Eu a ouvi dizer: 'eu vou matar você um dia. Vou matar você'", contou Gerardo di Francesco ao periódico canadense. Segundo o padrasto, o enteado planejava viajar para a Flórida, nos Estados Unidos, onde participaria do casamento da irmã, no dia em que ele foi encontrado morto. Em vez disso, a mulher teria convencido Arturo a mudar os planos e vir para o Brasil. "A mãe dele tentou de toda maneira impedir. Ela temia o que podia acontecer. E olhe o que aconteceu. Ele caiu em uma armadilha", desabafou. Ainda de acordo com o site, no sábado, Amanda Carine teria ligado para a irmã de Arturo, Anna-Maria Gatti, e dito friamente à noiva que o irmão dela estava morto. A reportagem conta ainda que, durante o casamento, vários convidados estavam chorando. Para o delegado Paulo Alberes, a reconstituição será muito importante para esclarecer alguns pontos como o horário em que o boxeador chegou ao flat acompanhado apenas do filho. Se Amanda não obtiver o habeas corpus, a polícia tem até a próxima terça-feira para concluir as investigações.

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