postado em 20/07/2009 08:40
O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decide nesta segunda-feira (20/7) se a viúva do bicampeão mundial de boxe Arturo Gatti, 37 anos, será solta da Colônia Penal Feminina do Recife, no bairro do Engenho do Meio, e responderá o processo pelo suposto assassinato do marido em liberdade.
A defesa de Amanda Carine Barbosa Rodrigues, 23 anos, sustenta no pedido que a jovem não oferece riscos ao sucesso das investigações e não foi presa em flagrante, uma vez que ela mesmo avisou a polícia sobre a morte do boxeador. Ele foi encontrado morto, no útimo dia 11, em um flat em Porto de Galinhas.
O pedido de habeas corpus será analisado pelo desembargador Fausto Campos em segunda instância e possivelmente levando em consideração um fato novo. Embora a juíza de Ipojuca, Ildete Veríssimo de Lima, tenha negado o relaxamento da prisão de Amanda na semana passada, o advogado dela, Célio Avelino, diz não ser possível manter a moça presa quando o laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) admitiu a hipótese de suicídio ou acidente para a morte do boxeador, ao dizer que o boxeador tinha sido vítima de enforcamento e não estrangulamento.
Célio Avelino argumenta que Amanda não teria forças para suspender o marido, que pesava um pouco mais de 60 quilos, para enforcá-lo. Embora a polícia avalie a possibilidade de existir uma terceira pessoa com a jovem, Avelino baseia sua defesa no laudo do IML, que também levanta a hipótese de os ferimentos contundentes na cabeça do pugilista terem sido provocados pela queda ou por um objeto, enquanto ele se debatia com falta de ar. O delegado responsável pelo caso, Paulo Albéres, disse que só falará sobre o caso quando concluir as investigações. Ele antecipou, na semana passada, que havia uma escada no flat, mas disse que ainda não periciou o cenário.