postado em 21/07/2009 08:55
Pela segunda vez em menos de uma semana, a Justiça de Pernambuco negou o pedido de liberdade de Amanda Carine Barbosa Rodrigues, 23 anos, mulher do ex-boxeador ítalo-canadense Arturo Gatti, 37, que foi encontrado morto na madrugada do último dia 11 num flat em Porto de Galinhas.
[SAIBAMAIS]
Apontada como a principal suspeita do crime, Amanda foi autuada em flagrante pela Polícia Civil no dia seguinte. Seu advogado, Célio Avelino, entrou com uma liminar solicitando um habeas corpus na segunda instância, que ontem foi negado pelo desembargador Fausto Campos, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
Na semana passada, a concessão da liberdade provisória de Amanda já havia sido recusada pela juíza de Ipojuca, Ildete Veríssimo, por entender que a liberdade da acusada poderia pôr em risco o andamento da instrução criminal.
Nesta terça-feira (21/7) às 14h, o habeas corpus deve ser julgado pela 1ª Câmara Criminal do TJPE. Além do desembargador Fausto Campos, que é relator do caso, a câmara é composta pelos desembargadores Roberto Ferreira Linse Romero de Oliveira Andrade.
Em sua decisão, o desembargador Fausto Campos alegou não vislumbrar elementos suficientes para conceder o pedido em caráter urgencial. Ele pediu que a juíza de Ipojuca fornecesse mais informações ao tribunal num prazo de 72 horas.
Depois de ser avaliado pela Câmara Criminal do TJPE, o processo será enviado à Procuradoria Geral de Justiça, do Ministério Público de Pernambuco, para que também se pronuncie sobre o caso.
O advogado que defende a acusada disse ontem que respeita a decisão do desembargador, mas discorda dos seus argumentos. "Pelos motivos que já apresentei antes, mais o laudo do IML que aponta que houve enforcamento, não há razão para que ela continue presa", defendeu Célio Avelino, que aposta numa opinião favorável à Amanda na 1ª Câmara Criminal.
Todas as expectativas estão concentradas agora no resultado da perícia realizada no local pelo Instituto de Criminalística, ainda não divulgado. Ontem à noite, a Polícia Civil pretendia fazer uma reconstituição da cena do crime.
No entanto, segundo o delegado Cláudio Borba, que também acompanha a investigação, o procedimento só pode ser feito após a entrega do laudo do IC. O delegado Paulo Alberes, que preside o caso, disse no fim da tarde de ontem que não havia recebido comunicado do indeferimento da liminar. "Tenho até amanhã (hoje), às 12h, para apresentar as conclusões do inquérito", resumiu, sem confirmar se fará um pedido de prorrogação dos trabalhos.
Segundo o jornal canadense The Globe and Mail, Arturo Gatti foi enterrado ontem numa cerimônia que levou mais de mil pessoas ao cemitério de Montreal, no Canadá. Antes do sepultamento, o corpo do ex-pugilista foi velado na catedral de Nore Dame de la Defense, no centro da comunidade italiana de Montreal. Entre os presentes, estavam, além da família, outros boxeadores ativos e aposentados, treinadores e amigos.