Brasil

Gripe suína: governo paulista está em alerta máximo

postado em 23/07/2009 08:16
O governo de São Paulo está em alerta máximo por conta do avanço no número de mortes provocadas pela gripe suína no estado até agora, a a doença já fez 12 vítimas fatais entre os paulistas. Só ontem, a Secretaria de Saúde do estado anunciou mais três mortes, sendo duas nesta semana. A mais recente vítima é uma mulher de 27 anos que estava internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de um hospital Santa Casa de Misericórdia da cidade de Valinhos, a 85km da capital. Segundo o prefeito do município, Marcos José da Silva, a vítima estava na cidade de Campinas quando começou a apresentar os sintomas, mas foi internada num hospital em Valinhos com fortes dores, morrendo no último domingo. O exame que confirmou que a mulher morreu com a nova gripe ficou pronto ontem à tarde e a família da vítima pode estar com a doença, segundo a Vigilância Epidemiológica de Valinhos. [SAIBAMAIS]A segunda vítima é; uma menina de 1 ano e seis meses que teria contraído a doença na região do ABC, na Grande São Paulo. Ela foi internada com insuficiência respiratória na sexta-feira passada e, no sábado, teve um choque anafilático, vindo a morrer no mesmo dia depois de ser entubada. Os médicos disseram que a garota tinha anemia. A gripe é muito mais devastadora em pacientes que têm imunidade baixa, por isso as vítimas sempre têm outra doença, explica o médico Fábio Caramante. A Secretaria de Saúde de São Paulo também anunciou a morte de uma paciente do sexo feminino de 27 anos, moradora da região de Campinas. Ela foi internada no dia 17, tendo seu quadro evoluído para óbito no dia 19. Segundo o boletim médico, apresentava fortes dores na garganta e febre alta. A doença levou a população de São Paulo a criar novos hábitos. Os passageiros do metrô evitam pegar no corrimão. Nas padarias mais nobres da cidade e em alguns shoppings, estão sendo instalados suportes que, ao serem pressionados, borrifam álcool para higienizar as mãos. O agente de viagens Arsenio Ramalho, 26 anos, trabalha numa empresa de turismo atendendo uma clientela formada basicamente por turistas estrangeiros, no bairro dos Jardins. Na semana passada, ele contraiu o vírus da nova gripe e passou cinco dias hospitalizado numa clínica particular. "Nos hospitais públicos, os médicos atendem a gente como se tivéssemos uma doença comum. A fila de espera é interminável", reclama.

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