postado em 24/07/2009 13:56
O Ministério da Saúde anunciou hoje mudanças no cálculo da taxa de letalidade da gripe A (H1N1), conhecida como gripe suína, no país. Por recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o dado será calculado de duas formas: com base no total de casos graves e em relação ao número de habitantes. Antes o índice era feito comparando o número de mortes com o total de infectados ; o que não é mais possível, já que o governo está fazendo exames laboratoriais apenas em casos graves.[SAIBAMAIS]
A nova gripe já matou 29 pessoas no Brasil. Como já foram registrados 222 casos graves, pela nova forma de cálculo a taxa de letalidade está em 13,06%. "Mas não é tecnicamente possível comprar com a média mundial de 0,4% usada antes pela OMS, já que a forma de cálculo é diferente", afirma o diretor do Departamento de Vigilância Epidemiológica do ministério, Eduardo Hage. Ele acrescentou que os outros países ainda não começaram a usar essa forma de cálculo, o que impede uma comparação.
Na outra forma de cálculo, que leva em conta o número de mortes em relação à população, a taxa de mortalidade no país está em 0,015% por 100 mil habitantes. De acordo com o ministério, o índice é bem menor que no Chile (0,40%) e na Argentina (0,34%), assim como na Austrália (0,17%), México (0,08%) e Estados Unidos (0,08%). "Esse conceito é importante para saber se está morrendo mais gente no Brasil do que em outros países", afirmou Hage.
De acordo com Eduardo Hage, os dados que o ministério tem sobre a nova gripe e a comum indicam que as das duas são muito semelhantes em relação a complicações do quadro clínico dos pacientes. "No Brasil, podemos afirmar categoricamente que adoecer por gripe comum e adoecer pela nova gripe é muito semelhante em termos de evoluir para um caso grave.