postado em 28/07/2009 17:54
Apesar da postergação da volta às aulas na rede de escolas estaduais de São Paulo para 17 de agosto, o secretário estadual da Educação, Paulo Renato Souza, afirmou hoje que todas as instituições deverão cumprir a legislação, que exige, no mínimo, 200 dias de aula em um ano. "A reposição das aulas perdidas ficará a critério de cada escola", disse. "É claro que isso sempre causa transtornos na rede. Seria melhor não ter epidemia? Seria muito melhor", completou. Cerca de 20% da rede composta por 5,3 mil escolas já iniciaram as aulas, mas terão de suspendê-las. A maior parte delas retomaria as atividades no dia 3 de agosto.
A recomendação da secretaria estadual da Educação é que todos os estabelecimentos de ensino - públicos e privados - desde o ensino básico até o nível superior adiem o início das aulas. Com relação às escolas particulares, universidades públicas e privadas e escolas técnicas, o secretário informou que caberá a cada estabelecimento adotar ou não a recomendação. As Faculdades de Tecnologia (Fatec) e as Escolas Técnicas Estaduais (Etecs), gerenciadas pelo Centro Paula Souza, a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp), por exemplo, não são obrigadas a cumprir a recomendação.
Segundo o secretário, a recomendação para a postergação do início das aulas para os 5,3 milhões de alunos e 250 mil professores e funcionários da rede de escolas estaduais de São Paulo foi feita por orientação do secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Barradas, que indicou a medida como forma de reduzir a transmissão do vírus da gripe suína no Estado.
De acordo com Paulo Renato, a decisão foi tomada depois de análise de recomendação e avaliações da Organização Mundial de Saúde (OMS) a respeito da propagação do vírus entre estudantes e de recorrentes relatos sobre o aumento expressivo do número de crianças e adolescentes atendidos nos prontos-socorros paulistas. Neste momento, segundo a secretaria, o Estado registra 27 óbitos pela gripe suína.
Segundo o secretário, as escolas já foram orientadas sobre medidas de prevenção, desde o dia 8 de julho. Na volta às aulas, a secretaria vai distribuir cartazes de medidas de prevenção à doença e cartilhas para alunos e pais.