postado em 11/08/2009 13:21
As lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que participam da ocupação da entrada do Ministério da Fazenda afirmaram que não descumpriram nada do acordo feito com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Segundo a Polícia Militar, a invasão, que começou hoje (11/8) por volta das 9 horas, representaria um rompimento do que havia sido acordado de não ocupar nenhum prédio.;Eles [MST] romperam o acordo feito em reunião com a Secretaria de Segurança Pública do DF já no primeiro dia de manifestações. Com isso, tratamento e negociações que daremos a eles serão feitos de forma diferenciada a partir de agora;, disse o Coronel Silva Filho, responsável por coordenar os policiais militares no local.
Para a Coorndenação Nacional do MST não houve nenhuma quebra de acordo. ;A combinação foi de que iríamos marchar pelos ministérios, ocupar as faixas da pista destinada à manifestação, e que sairíamos após as 8 horas. Nada foi acordado sobre ocupar ou não o ministério;, argumenta Vanderlei Martini, da Coordenação Nacional do movimento.
[SAIBAMAIS] ;O motivo da ocupação é pressionar para que o governo monte uma equipe de negociação com representantes da Casa Civil e dos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento Agrário, para que discutamos sobre os três pontos reivindicados;, disse.
Segundo a PM, uma mulher que estava no carro de som incitou os manifestantes a ocuparem o ministério foi visualmente identificada e deverá ser indiciada nas próximas horas. ;Na primeira oportunidade vamos prendê-la por incitação;, disse o coronel. ;Nós já a filmamos. Ela agora deve estar em meio à multidão ou no interior do prédio, que é responsabilidade da Polícia Federal;, completou o major Madureira.
Além da atualização do índice de produtividade ; mecanismo que permite a identificação de terras improdutivas para fim de reforma agrária ;, os manifestantes querem que 90 mil famílias acampadas no país sejam imediatamente assentadas, e que o Ministério do Planejamento libere ainda este ano os R$ 800 milhões retidos do orçamento destinado ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), para aplicá-los na desapropriação e obtenção de terras destinadas à reforma agrária.
O coronel Silva Filho informou que aparentemente nada foi quebrado no ministério, e que o próximo passo será tentar avançar na negociação para que os manifestantes abandonem o prédio.