postado em 24/08/2009 11:05
A família de uma adolescente de Contagem-MG ganhou na Justiça o direito de receber uma indenização de quase R$ 10 mil de um laboratório, depois que um exame apontou erroneamente que, na urina da menina, havia presença de espermatozóides. O fato, ocorrido em novembro de 2006, deixou os pais em pânico. Eles acreditaram na possibilidade de a filha, então com 12 anos, estar grávida.
Segundo o processo, a pedido de um cardiologista, a menina fez exames de sangue, eletrocardiograma e urina, para avaliar um quadro de excesso de peso. No resultado do exame de urina, vestígios de espermatozóide foram encontrados. A família ficou apreensiva, já que a garota afirmava nunca ter tido relações sexuais. Após um exame ginecológico, constatou-se que o hímen estava intacto e que a menina falava a verdade.
A família decidiu processar o laboratório. Em sua defesa, a instituição afirmou que se comprometeu a fazer um segundo exame, cujo resultado foi diferente do primeiro. O laboratório lembrou ainda que o exame ginecológico não era garantia de que a garota era virgem, já que a mesma poderia ter hímen elástico ou complacente.
A Justiça de 1ª Instância condenou o laboratório a indenizar a menina em R$ 5 mil, mas a família recorreu, pedindo uma condenação maior. O Tribunal de Justiça atendeu o pedido e elevou o valor para R$ 9.300.