Brasil

Pais e filhos lideram agressões a portadores de deficiência

postado em 25/08/2009 19:11
O Disque-Denúncia do governo federal divulgou nesta terça-feira (25/8) o resultado de um estudo sobre casos de violência contra os portadores de deficiência registrado pelo serviço. De janeiro a julho de 2009, a pesquisa aponta a ocorrência de 145 casos. Desse total, 94 denúncias citam a violência sofrida por adultos ou idosos deficientes e 51 tratam da violência para com crianças e adolescentes também portadores de necessidades especiais. Segundo o estudo, em relação aos crimes cometidos contra crianças e adolescentes, 55% dos casos foram registrados no Recife, 12% em Olinda e 12% em Jaboatão dos Guararapes. Em relação às vítimas, 48% têm entre 11 e 17 anos, 39% de um a 10 anos, sendo 58% do sexo masculino e 42% do masculino. Já o agressor, na maioria das vezes é a própria mãe da vítima (37%) ou o pai (18%). A pesquisa mostrou ainda que os crimes acontecem geralmente em casa (94%). Os tipos de agressão se dividem em maus tratos (40%), agressão física e verbal (15%), agressão física (9%) e abuso sexual (9%) [SAIBAMAIS]Já as agressões sofridas por adultos e idosos com deficiência aconteceram em sua maioria no Recife (46%) e em Jaboatão dos Guararapes (24%). Trinta e três por cento das vítimas têm de 18 e 28 anos, sendo 53% delas do sexo feminino e 44% do masculino. O agressor geralmente é o filho ou filha (41%) ou outro membro da família (28%), que em 93% dos casos (93%) pratica o crime em casa. Os tipos de agressão mais comuns são: maus tratos ou agressão física (25%), maus tratos (24%), maus tratos e cárcere privado (15%) e maus tratos e agressão verbal (15%). Serviço Com sede na Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, o Disque Denúncia funciona 24 horas por dia, durante toda a semana. Através da central telefônica, uma equipe treinada e qualificada oferece ao cidadão um atendimento diferenciado, em que a principal marca é o anonimato. Sem precisar identificar-se e com a certeza de que não está sendo rastreado, o cidadão pode denunciar um crime ao Disque Denúncia e acompanhar o andamento e resultado da ocorrência, utilizando de uma senha. As denúncias recebidas nos terminais das Centrais do Disque Denúncia (Agreste e Região Metropolitana) são entregues a analistas policiais da Secretaria de Defesa Social que avaliam as informações recebidas e as enviam, na maioria das vezes, para uma unidade da Polícia Militar, Polícia Civil ou outro órgão operativo. O retorno com as informações sobre os resultados de uma operação é fundamental para alimentar o trabalho de inteligência e para atender às pessoas que ligam para cobrar os resultados das denúncias. É importante lembrar que o denunciante não só está observando a atividade dos criminosos, como também acompanha e fiscaliza o trabalho da polícia. Ao ligar para o Disque Denúncia, o cidadão recebe uma senha, e esta é a sua referência, caso precise acrescentar uma informação ou acompanhar o andamento da investigação. Ele conversa com o atendente sem se identificar, e este procura extrair todos os detalhes que possam ajudar na elucidação de um crime. A identidade do denunciante é protegida, inclusive, no caso de pagamento de recompensa.

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