Brasil

Estudo apresenta quatro cenários para a cidade de BH do futuro

postado em 27/08/2009 10:15
O que queremos para a capital mineira nos próximos 20 anos? Pensar numa cidade de oportunidades, sustentável e com qualidade de vida é um bom ponto de partida para se imaginar o município em 2030. Mas para chegar à situação ideal há vários desafios, desde a disponibilidade de serviços à população até a infraestrutura. Nesse contexto, foram traçados quatro cenários possíveis para a BH do futuro. Os indicadores e os objetivos estão no Planejamento Estratégico Belo Horizonte 2030, apresentado na quarta-feira (26/8) pela Prefeitura (PBH), durante o lançamento do programa de gestão BH Metas e Resultados. No primeiro cenário, chamado de "Um belo horizonte", o desenvolvimento do país, o fortalecimento de Minas Gerais e a integração entre as políticas das cidades da região metropolitana resultariam num município perfeito. Crescimento acelerado, dinamização da indústria, expansão dos níveis de emprego e renda (com forte redução da pobreza e da desigualdade), drástica redução da violência e da criminalidade, universalização do tratamento de esgotos, recuperação dos recursos hídricos e ampliação das áreas verdes são a imagem de BH em 2030. Em "Um horizonte partido", BH se apresenta como uma cidade com acentuado passivo socioambiental. Crescimento desordenado, moderada expansão dos níveis de emprego e renda, limitada diminuição da pobreza e manutenção da desigualdade estão diretamente associadas ao aumento da violência e da criminalidade, à manutenção de problemas urbanos e à degradação ambiental. A terceira possibilidade apresenta uma situação difícil, mas promissora. A BH criativa e organizada, com oportunidades de negócios, se reflete em moderada expansão de postos de trabalho e salários, mas aponta a redução das desigualdades sociais, bem como da violência e dos problemas típicos das áreas urbanas. A última proposta é catastrófica e mostra uma cidade estagnada e em degradação, com acentuado passivo socioambiental e baixa qualidade de vida, além de alto desemprego e do crescimento dos problemas urbanos e de infraestrutura. A visão de futuro se traduz também em números. A meta é de que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) passe dos atuais 0,839 (dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento de 2003) para 0,970 %u2013 próximo ao nível máximo (um). Outro objetivo é reduzir a mortalidade infantil até 1 ano de idade para menos de 6 óbitos por mil nascidos vivos até 2030, além de aumentar para 11 anos o nível de escolaridade média da população. A mobilidade também foi contemplada no estudo: a PBH pretende que o percentual de viagens em transporte coletivo saia do patamar atual de 54,2% para 70% nas próximas duas décadas. A redução da taxa de homicídios também está entre as prioridades e, de acordo com o levantamento, sairia de 39,4 por mil habitantes para menos de 10 assassinatos a cada grupo de mil pessoas. Na cidade sustentável, as áreas de preservação, proteção e de interesse ambiental alcançarão 12 metros quadrados de área verde por munícipe até 2030 - atualmente são 9,4. A expectativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) per capta saia de R$ 8 mil para R$ 30 mil e a taxa de pobreza deixe o patamar de 14,2% para menos de 5%.

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