postado em 04/09/2009 08:29
Conhecido como um dos maiores polos de produção agrícola no Brasil, o Centro-Oeste também ostenta o título de região mais turbulenta no que diz respeito aos conflitos agrários. A constatação é da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que divulgou ontem relatório semestral sobre a violência no campo. Como antecipou o Correio, o número de conflitos diminuiu 46% em relação ao ano passado em todo o país, mas a brutalidade aumentou, já que as mortes registradas saltaram de 14 para 17.
Enquanto de janeiro a junho de 2009 foram registrados 366 conflitos, no mesmo período de 2008 esse número chegou a 678. Apesar da queda expressiva, a intensidade nos casos de violência preocupa os movimentos sociais do campo.
No Centro-Oeste, por exemplo, o número de assassinatos triplicou, chegando a três. Nos seis primeiros meses deste ano, foram registradas ainda 13 tentativas de assassinato - no mesmo período de 2008, não houve nenhuma.
A região também serviu de cenário para o despejo de 1.200 famílias, número três vezes maior que o de 2008. A quantidade de pessoas expostas a crimes motivados pela posse da terra saltou de 445 para 528 a cada conflito em todo o país. Os casos de violência englobam assassinatos, tentativas de homicídio, ameaças de morte, tortura e prisões.
O número
366
Número de conflitos agrários registrados entre janeiro e junho deste ano
Leia íntegra do estudo da CPT sobre violência no campo