postado em 11/09/2009 11:22
Ainda é considerado muito grave o estado de saúde de Rhaximyni Santos da Luz, de dois anos, internada na UTI pediátrica do Hospital da Restauração, em Pernambuco. Ela sofreu uma parada cardíaca na tarde de ontem (10/9) e não tem previsão de alta médica. A menina e a tia dela, a professora Marlene dos Santos, 46, foram atropeladas na última terça-feira (8/9) na UR-5, no Ibura, quando voltavam da escola para casa.
Ontem, a situação do soldado da Polícia Militar Aldênio Marcos Cordeiro Falcão, que assumiu estar dirigindo o Celta que atropelou as duas, ficou ainda mais complicada. Quatro pessoas que presenciaram o acidente prestaram depoimento na Delegacia do Ibura e uma das testemunhas declarou que viu o filho do PM, um adolescente de 15 anos, saindo pela janela do motorista, depois que o carro capotou e ficou virado em cima da calçada. O que pode confirmar as denúncias de que era o jovem quem dirigia o veículo no momento em que o carro subiu a calçada atingindo tia e sobrinha.
Na próxima segunda-feira, às 13h30, o soldado Aldênio Marcos, que é lotado no Batalhão de Guardas, prestará um novo depoimento na Delegacia do Ibura. O PM já foi autuado pelo plantão da Delegacia do Ipsep por estar com a carteira de habilitação vencida desde 2005. No seu primeiro depoimento, ele contou à delegada de plantão Kelly Cristina Luna que perdeu o controle da direção, depois que sofreu um mal súbito.
Ainda na última terça-feira, a delegada solicitou um teste de alcoolemia para verificar se o policial militar dirigia embriagado, mas o resultado confirmou que ele não havia ingerido bebida alcoólica.
Transferência
A menina Rhaximyni foi transferida ontem da sala de recuperação do Hospital da Restauração, onde estava internada, para a Unidade de Terapia Intensiva da pediatria. Segundo o diretor médico do hospital, Hélder Correia, o estado de saúde da criança continua gravíssimo. "Ela está em coma. Na escala do coma, ela está com o nível máximo", informou.
A professora Marlene dos Santos teme que a sobrinha não resista aos ferimentos. Após o capotamento, a pequena Rhaximine ficou com a cabeça embaixo do Celta e por isso teve traumatismo crânio-encefálico. "Ela teve três paradas cardíacas hoje (ontem) à tarde. Estamos rezando para que ela consiga resistir e ficar bem", comentou a tia da criança.
Hoje pela manhã, Marlene dos Santos deve ir até a Corregedoria Geral de Defesa Social, no bairro do Espinheiro, para denunciar o policial militar Aldênio Marcos. Ela vai acompanhada do pai da menina, o conferente Alexandre José da Luz, 30 anos. "Queremos justiça. Esse soldado estava todo errado, dirigindo com a habilitação vencida há quase cinco anos. Se ele assumiu a culpa do acidente para proteger o filho, está cometendo mais um crime e por isso tem que ser punido", desabafou a professora.