Brasil

Após atropelar e matar uma criança em Pernambuco, PM presta novo depoimento hoje

postado em 14/09/2009 08:39
O soldado da Polícia Militar Aldênio Marco Cordeiro Falcão, que já foi autuado por estar com a carteira de habilitação vencida desde 2005, deve prestar novo depoimento nesta segunda-feira (14/9) sobre o atropelamento que causou a morte da menina Rhaximyni dos Santos da Luz, de dois anos e cinco meses. Às 13h30, a delegada do Ibura Anete Marques vai interrogar o PM para tentar descobrir se o veículo estava sendo guiado por ele ou por um adolescente de 15 anos, filho do soldado. Apesar de testemunhas afirmarem ter visto o jovem ao volante, o militar sustenta a versão de que era ele quem dirigia. [SAIBAMAIS] Solidariedade Em meio à dor e da sede de justiça, os pais da criança, sepultada na tarde do sábado passado (12/9), autorizaram o transplante de órgãos. As duas crianças que receberam os órgãos doados passam bem. O fígado e os rins foram cedidos pela família da garota. O transplante no adolescente Jonas Ferreira da Silva, 14 anos, que recebeu os dois rins, no Hospital Santa Efigênia, em Caruaru, no Agreste, foi considerado um sucesso. Nas primeiras 12 horas, o garoto, que já fazia terapia renal substitutiva há oito anos, urinou espontaneamente 3,5 mil mililitros, quantidade considerada normal para sua idade. A receptora do fígado, Ranekelly da Silva Matias, 4 anos, que veio de Maceió, Alagoas, também se recupera bem da cirurgia no Instituto do Fígado do Hospital Oswaldo Cruz, no Recife. Ranekelly e Jonas permanecem ainda na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). "A menina está tendo uma evolução excelente. O fígado já funciona e ela não está precisando de medicamentos de suporte", informou o chefe do instituto, o médico Claúdio Lacerda. Os dois beneficiados com a doação dos órgãos devem ter alta da UTI nas próximas 48 horas. "Jonas está muito bem. Ele deve ter alta da UTI amanhã (hoje)", garantiu o médico Rafael Maciel, responsável pelo primeiro transplante duplo de rins no Hospital Santa Efigênia, em Caruaru. A família do adolescente agradeceu a atitude dos pais da menina Rhaximyni. "Foi um gesto de solidariedade humana. É difícil pensar nos outros depois de passar por tanto sofrimento nos últimos dias", declarou o padrasto de Jonas, Edson Manuel dos Santos. Os pais de Rhaximyni decidiram doar os órgãos da menina porque eles já perderam uma outra filha com apenas quatro meses. A criança morreu vítima de uma infecção generalizada, quando esperava por um transplante de fígado. "Pelo menos, ela pode salvar a vida de outras crianças", disse o pai de Rhaximyni, o conferente José Alexandre da Luz. A menina voltava da escola com a tia, a professora Marlene dos Santos, 46, quando um Celta capotou, subindo a calçada e atingiu as duas.

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