Brasil

Professores de São Luís dizem que não tem como combater plágio de monografias

postado em 17/09/2009 09:11
Basta abrir os cadernos de classificados dos jornais da capital, ou acessar alguns sites da internet para se deparar com a oferta do comércio ilegal de monografias - trabalhos de conclusão do curso de nível superior. A propaganda do trabalho desses "profissionais" é proporcionada ao leitor de uma forma suave, e por isso, o crime acaba sendo ofuscado. Crime este cometido tanto pelo aluno que compra, tanto pelos falsos pesquisadores, que na maioria das vezes acabam extraindo o produto de um outro autor e copiando. A ação criminosa é conhecida como crime de plágio. Na capital maranhense, o cenário não é diferente. Segundo relatos de alunos e professores, apesar de não terem como comprovarem, muitos já ouviram falar que "fulano ou ciclano" já cometeram a infração de extrair um material de um outro autor, e em seguida já terem apresentado como se fosse um trabalho de própria autoria e inédito, burlando os critérios de avaliação para uma monografia. Critérios estes recusados e ignorados por muitos alunos da atualidade. Fornecedores Com o passar dos anos, e o avanço da tecnologia e da informática, os alunos passaram a consumir um novo mercado, o de fornecedores de monografia. No entanto, o estudante que compra o trabalho de conclusão de curso está cometendo um crime previsto pelo Código Penal: violação de direito autoral. A pena prevista varia de três meses a um ano de detenção, mas se houver o objetivo de obter lucro, a pena passa de dois a quatro anos de reclusão. Apesar da prática criminosa ser realizada na obscuridade, alguns professores acabam sabendo da existência em rodas de conversas entre colegas de profissão e até mesmo nos grupos de estudantes. No entanto, eles questionam a dificuldade em detectar oficialmente o plagio, devido à falta de ferramentas. "É comum se ouvir falar que existe o aluno ou que se tem pessoas contribuindo para a conclusão da monografia. Agora, qual instrumento para o professor aferir o grau de participação deste aluno?", perguntou a professora do curso de comunicação social e integrante da Comissão de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da Universidade Federal do Mara

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