Brasil

Foco do sistema público de saúde deve ser medicina preventiva, diz médica

postado em 19/09/2009 17:58
O brasileiro ainda não está bem informado quando o assunto é saúde, de acordo com a diretora científica da Associação Médica de Brasília, Glória Maria Andrade. Durante a 9ª Feira de Saúde de Brasília, ela alertou que o sistema de saúde brasileiro %u201Cainda é falho%u201D e que o desafio é substituir a medicina que cura pela medicina preventiva. %u201CA medicina curativa teve seu papel no século passado, mas prevenir é muito melhor que curar. Falta educação. A população tem que se sentir responsável%u201D, disse. Segundo Glória Maria, o objetivo da feira é levar à população informações educativas e preventivas sobre a saúde com foco na qualidade de vida. %u201CA saúde é um bem de todos, um direito do cidadão. Está na Constituição e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde é muito mais do que o físico, é o bem-estar social também%u201D, completou. Gilmara do Amaral é aluna do 2º semestre de medicina e participa do evento como instrutora. Para ela, essa é a oportunidade de vivenciar a prática, orientando as pessoas. %u201CUma feira como essa ajuda porque a pessoa pergunta muito, vai a todos os stands, quer fazer todos os exames.%u201D A colega de classe Kamila Kaline também trabalha no local como instrutora. Ela relatou que a maioria das pessoas que chega à feira quer uma solução rápida e de qualidade para um problema de sáude específico. %u201CMuitas vezes, o que falta é a atenção primária, a busca de informação pelo paciente para prevenir a doença. Falta interesse da população para a própria saúde.%u201D Felipe Queiroz, de 12 anos, já havia pedido ao pai para fazer um curso de primeiros socorros. Ao chegar à feira, viu a oportunidade oferecida por uma equipe médica com stand montado no local. %u201CAprendi que, quando uma pessoa está mal, você tem que colocar a mão no peito e bombear ar para ela pegar o ritmo de novo%u201D, contou o estudante. %u201CÉ importante porque, às vezes, pode acontecer alguma coisa com alguém de casa ou da família.%u201D Já Alice Almeida tem 76 anos, mas não deixou de participar dos serviços oferecidos no evento. Durante um passeio com o marido, ela aproveitou para medir a pressão. O resultado: 13 por 8, normal, segundo a equipe responsável pela aferiação. Mas Alice admite que tem pressão alta. A aposentada contou que toma remédio para controle de pressão há três anos, mas que, em alguns momentos, esquece de tomar o medicamento. %u201CAgora mesmo, esqueci por dois dias mas, a partir de agora, vou deixar o remédio em cima da mesa do jantar que é para não esquecer mais.%u201D

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