postado em 21/09/2009 15:36
Rio de Janeiro - Pelo menos 12 imóveis do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) abandonados na cidade do Rio de Janeiro darão lugar a unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, que viabiliza a construção de moradias para famílias com renda de até dez salários mínimos.O primeiro passo para a transferência desses imóveis e de mais 17, que também pertencem ao INSS, para a prefeitura do Rio foi dado de segunda-feira (21/9) com a assinatura de um termo de cooperação técnica pelo ministro da Previdência Social, José Pimentel, e pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes.
O acordo foi assinado em Padre Miguel, na zona oeste da cidade, pouco antes da implosão de um prédio inacabado do instituto, na esquina das ruas Bom Sossego e Açafrão. O ;Esqueleto de Bangu;, como ficou conhecido, começou a ser construído há 30 anos. A obra foi abandonada logo depois e virou abrigo para a moradores de rua.
A prefeitura pagou pelo espaço R$ 2,624 milhões. A entrada será de 10% desse valor e o restante vai ser financiado em 60 meses pela Caixa Econômica Federal. O local vai abrigar a Praça do Conhecimento, que terá uma clínica da família, uma escola de ensino infantil para 400 crianças e uma biblioteca.
;A venda desse imóvel irá permitir que a prefeitura possa construir um novo espaço de cidadania para a população da cidade;, ressaltou o ministro José Pimentel.
Para implodir os cinco pavimentos do prédio e o anexo, foram usados 150 quilos de dinamite. A Defesa Civil, a Guarda Municipal e a Polícia Militar montaram um esquema para garantir a segurança dos moradores do entorno, interditando várias ruas e suspendendo as aulas das escolas da região no turno da manhã.
O atendimento no Posto de Atendimento Médico (PAM) localizado na área isolada também foi suspenso pela manhã e as consultas agendadas para hoje estão sendo remarcadas.
O governador Sérgio Cabral, que também participou da solenidade, anunciou a reforma do Conjunto Dom Jaime Câmara, em Padre Miguel. Considerado o maior conjunto habitacional da América Latina, com 180 blocos de apartamentos, o aglomerado receberá obras orçadas em R$ 17 milhões, que incluem recuperação de fachadas, revestimento interno, impermeabilização das caixas d;água e cisternas e instalação de drenagem e esgotamento sanitário. A intervenções devem ser concluídas até dezembro deste ano.