postado em 23/09/2009 10:17
"Entraremos em greve, com certeza". Foi assim que teve início a conversa com o diretor financeiro do Sindicato dos Bancários do RN, Juvêncio Hemetério, sobre a greve que começará nesta quinta-feira (24/9). Segundo ele, a proposta de 4,5% de reajuste salarial feita pela Fenaban foi rejeitada em assembleia na terça (22/9) pelos trabalhadores, que pediam 30%, além de 25% de Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
De acordo com Hemetério, os sindicatos de todo o Brasil serão paralisados, por orientação do Comando Nacional, por tempo indeterminado. Entre as 109 reivindicações feitas pela categoria, as mais importantes são, além do reajuste salarial de 30%, a reposição das perdas do Plano Real nos Bancos Públicos, que chegam a 100%, a estabilidade do emprego nos Bancos Privados, a ampliação da licença maternidade para seis meses, o fim das metas abusivas e a contratação de funcionários.
"Estamos em uma situação em que é preciso pressionar o patrão. O salário está arrochado, o número de funcionários diminuindo e o serviço aumentando. A insatisfação está muito grande", explica o diretor financeiro.
Durante a greve, os serviços que funcionarão serão apenas os fornecidos pelos canais alternativos, como a internet e os caixas de auto-atendimento. "Os serviços que só são feitos na boca do caixa não poderão ser realizados enquanto estivermos paralisados", disse.
Para confirmar a greve, será realizada uma nova assembleia na véspera, que acontecerá na noite desta quarta-feira (23/9). Se até este dia os banqueiros não se pronunciarem com alguma proposta, a paralisação começa no dia seguinte. "Nos reuniremos então para decidir o indicativo do comando da greve", finaliza Hemetério.