Priscila Robini
postado em 25/09/2009 16:18
O professor de artes marciais Alberino José dos Santos, de 43 anos, é julgado nesta sexta-feira, no I Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte. Ele responde por homicídio triplamente qualificado contra Rafael Anderson Carvalho de Aguiar, que foi morto em 2004, então com 15 anos.
[SAIBAMAIS]Nesta sexta-feira, Alberino é julgado pelo crime contra o menor. O Ministério Público (MP) pediu que Alberino fosse julgado pelo crime de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe (uma vez que o denunciado e seus comparsas menores praticaram o crime como meio de realização de rituais satânicos), com dificuldade de defesa para a vítima e com o objetivo de distrair a atenção das investigações sobre outro crime.
Ele e seus comparsas também são suspeitos de sequestrar o estudante Clayton Vernier Rosse, no dia 23 de setembro e assassiná-lo três dias depois em 2004. Na época, Clayton tinha 18 anos e a família chegou a negociar o resgate do jovem.
O MP pediu ainda que o réu fosse julgado pelo crime de corrupção de menor, já que, segundo a denúncia, ele contou com a ajuda de dois menores, que teriam sido corrompidos por ele.
O caso
Segundo a denúncia do Ministério Público, em outubro de 2004, Rafael recebeu um telefonema de um dos comparsas, sendo atraído para a academia de Kung Fu do réu, localizada no Centro de Betim, na Grande BH.
Lá, se encontravam o outro comparsa e Alberino. De acordo com a promotoria, ao chegar à academia, a vítima foi dominada pelos três, que o obrigaram a ingerir bebida alcoólica. Em seguida foi assassinado a facadas pelo réu, que teve ajuda dos dois menores. De acordo com o processo, o corpo foi encontrado às margens da BR-381, próximo à ponte do Rio Paraopeba, em São Joaquim de Bicas.
Na sentença proferida em junho de 2008, ficou decidido que o réu iria a júri popular por homicídio triplamente qualificado, cuja pena varia de 12 a 30 anos de prisão. Em relação à corrupção de menor, o juiz sumariante Valdir Ataíde Guimarães entendeu que não há prova efetiva da existência desse crime. Atualmente, Alberino está preso na Penitenciária José Maria Alkimim, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana.