Brasil

Bandidos matam homem e comemoram com fogos no Rio Grande do Norte

Paulo de Sousa
postado em 07/10/2009 09:20
A dona de casa Maria Zoraide de Macêdo, 44 anos, ficou ainda mais indignada com a forma pela qual seu filho, o engomador Fernando Rogério Nunes Macêdo, foi morto do que com o assassinato em si. "Quem fez isso foi covarde". Segundo ela, dois homens em uma moto Honda Pop preta abordaram a vítima enquanto passeava com a namorada, na Rua Gustavo José Gomes, no loteamento José Sarney, na Zona Norte de Natal, no Rio Grande do Norte, por volta das 21h da segunda-feira. Eles mandaram o engomador encostar as mãos na parede de uma casa e atiraram várias vezes na cabeça, pelas costas, fugindo em seguida. Ainda segundo a mãe, os bandidos soltaram fogos após o crime. "O que me revolta é a covardia", lamenta Maria Zoraide. Ela conta que, segundo ouviu da namorada do filho, o casal caminhava pela rua quando os dois suspeitos entraram na via, conduzindo a moto, passando por eles. "Daí eles deram a volta e mandaram meu filho encostar na parede, sem olhar para trás. Perguntaram se ele era o Santana. Rogério acenou que não com a cabeça. Aí eles atiraram várias vezes. Meu filho ainda tentou defender-se com o braço, mas esse ficou fraturado em três partes". A dona de casa conta que, passados alguns minutos da fuga dos assassinos do seu filho, ouviram-se fogos. Várias cápsulas de pistola .40 foram encontrados no local do crime. Fernando Rogério ainda foi socorrido para o Hospital Santa Catarina, mas não resistiu aos ferimentos. Maria Zoraide afirma que já sabe quem são os assassinos, apenas não entende o porquê de terem matado o engomador. "Meu filho não era bandido nem marginal". Grupo Segundo ela, trata-se de um grupo de traficantes que tem ameaçado a população local, em disputa pelo domínio do comércio de drogas no bairro. "É uma rixa que tem entre os que moram do outro lado com os daqui. Disseram que há uma lista de pessoas para morrer, mas andam ameaçando matar quem quer que ande por aqui, agora". A mãe da vítima diz não temer represálias e vai procurar a polícia para dar informações. O caso seráagora investigado pela 6ª delegacia de Polícia no Pajuçara.

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