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CNTE quer que Ideb considere condições das escolas e dos alunos para avaliação institucional

postado em 11/10/2009 18:45
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) quer que o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) utilize os indicadores relativos às ;realidades das diferentes clientelas da escola pública que necessitam de políticas diferenciadas para alcançarem o ;sucesso; escolar;, diz o texto elaborado pela Secretaria de Assuntos Educacionais.

;Tem que se levar em conta todo o processo sistêmico da educação;, afirmou Denílson Bento da Costa, secretário-geral da CNTE. Ele defende que ;sejam avaliadas as condições de trabalho do professor que está lá na ponta, as condições da comunidade, como é que as pessoas vivem naquele meio social;.

[SAIBAMAIS];Você não pode unificar valores, tabelas ou métodos em situações diferentes. Em alguns lugares, há condições melhores, com professores com salários maiores. Em outros lugares, há péssimas condições de trabalho, com professores recebendo salário insignificante. Não é possível que o índice utilize dados que tratam essas realidades de forma igual;, disse o secretário-geral da CNTE.

A proposta aprovada pelos delegados que participaram da 7; Conferência Nacional de Educação, realizada em Brasília, será levada pela CNTE à Conae 2010 (a homônima Conferência Nacional da Educação), que a Presidência da República convocou para o próximo ano entre 28 de março e 1; de abril. O tema da Conae será Construindo um Sistema Nacional Articulado de Educação: Plano Nacional de Educação, suas Diretrizes e Estratégias de Ação.

Além de modificações no Ideb, a conferência da CNTE aprovou uma proposta que defende novas fontes de recursos para a educação, como a transferência dos ganhos com a exploração de petróleo na camada pré-sal, e ampliação de investimentos com o estabelecimento do Custo Aluno Qualidade (CAQ); a equiparação proporcional do gasto per capita da educação básica e superior; e o fim da limitação de aplicação de recursos na educação de jovens e adultos.

Participaram da conferência da CNTE 300 representantes dos sindicatos de trabalhadores de educação básica das redes públicas de estados e municípios. Durante o evento, os sindicalistas também defenderam a proposta de emenda à Constituição que estabeleça a eleição direta para diretores de escolas e a adoção do piso salarial de R$ 1.132, em julgamento no Supremo Tribunal Federal.

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