postado em 13/10/2009 16:36
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) inaugurou nesta terça-feira (13/10) o Centro de Pesquisa em Imagem Molecular, considerado o mais moderno parque público de diagnóstico por imagem da América Latina. Segundo o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a unidade consolida a posição do Inca como principal centro do setor no país e um dos mais importantes entre os países vizinhos.
Os equipamentos de medicina nuclear que compõem o centro (Pet-CT e Spect-CT) têm como principal característica a capacidade de detectar precocemente e fornecer mais precisamente a localização de tumores. "Eles aumentam a capacidade de diagnóstico, com mais refinamento e precisão. Além disso, melhoram as possibilidades de tratamento, já que dão ao médico, cirurgião ou oncologista clínico uma segurança muito maior", afirmou Temporão.
[SAIBAMAIS]Além disso, os equipamentos funcionam como ferramentas de pesquisa avançada sobre tumores e vão possibilitar o desenvolvimento de conhecimento para todo o Sistema Único de Saúde (SUS), prioritariamente sobre os tipos de câncer de maior incidência entre a população brasileira. O centro de pesquisa vai funcionar no Hospital do Câncer 1, na Praça da Cruz Vermelha, no centro da cidade.
Durante a cerimônia, também foi lançado o projeto do Campus Integrado do Inca, que vai unificar os 18 prédios do instituto em um só endereço. A nova unidade, que começará a ser construída no ano que vem, deverá estar pronta em 2014, ocupando uma área de 14,5 mil metros quadrados em terreno cedido pelo governo do estado. A obra está orçada em R$ 321 milhões e será custeada com recursos da União.
O diretor-geral do Inca, Luiz Antonio Santini, ressaltou que a unificação garantirá melhor aproveitamento dos recursos financeiros e humanos e ampliação da capacidade de pesquisa.
"Imagina quatro unidades separadas com o mesmo orçamento. Tem que multiplicar o número de funcionários de limpeza, de manutenção, tanto recursos humanos quanto técnicos. A outra razão é que, do ponto de vista do desenvolvimento do conhecimento, é importante ter as pessoas trabalhando da forma mais integrada possível", afirmou Santini.
Dados do Inca revelam que o câncer é a segunda principal causa de morte no Brasil, sendo responsável por cerca de 15,4% de todos os óbitos no país.