postado em 25/10/2009 18:34
Rio de Janeiro - A companhia aérea TAM registrou em nota o não atendimento ao pedido de serviço médico de emergência da Empresa de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) a uma passageira que morreu no aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro, na manhã de ontem (24/10).Maria Petrúcia Ribeiro da Silva, de 68 anos, viajava no voo 8079, que partiu na noite de sexta-feira de Nova York. Dona de um salão de beleza na cidade norteamericana, costumava alternar temporadas de quatro meses nos Estados Unidos e em Macaé, no estado do Rio. Ela voltava de mais um período novaiorquino quando se sentiu mal, por volta das 2h da madrugada.
Depois de dar assistência à passageira, a tripulação avisou o comandante. Cerca de três horas mais tarde, já próximo do destino, ele pediu à torre de controle no Rio atendimento de emergência para a passageira.
Na aterrissagem, às 5h30m, nenhum aparato a aguardava e tripulantes a conduziram pelo desembarque no finger - corredor que liga a sala de embarque ao avião -, onde ela perdeu os sentidos. Quando a emergência da Infraero chegou, 25 minutos depois, Maria Petrúcia estava morta.
A filha Sandra William veio às pressas de Nova York para tratar do transporte do corpo para os Estados Unidos, onde será enterrado. Embora calma, ela demonstrava alguma ansiedade, reclamando que apesar de insistentes pedidos não foi autorizada a reconhecer o corpo da mãe.
O vice-diretor do Instituto Médico Legal, Sérgio Simonsen forneceu todas as explicações técnicas, mas sem garantir nada. As conclusões dependem de exames toxicológicos e do inquérito policial aberto na delegacia do aeroporto.
;Tudo leva a crer que ela foi vítima de trombose venosa aguda, que pode acometer pessoas imóveis por muito tempo, como passageiros de voos longos. É até conhecida como Síndrome do Viajante: a pessoa fica sentada por muito tempo, forma-se um trombo na perna e ele sobe pela corrente sanguínea e pode ser fatal;.
No sábado, a TAM divulgou nota, informando o fato. A empresa aérea designou um funcionário para acompanhar a filha da passageira morta durante todo o processo de desembaraço burocrático do corpo. A Infraero não se pronunciou oficialmente nem no aeroporto nem no IML.
Com base nos depoimentos de passageiros do voo, o inquérito policial na delegacia do aeroporto poderá esclarecer as reais circunstâncias da morte de Maria Petrúcia Ribeiro de Silva. A filha Sandra diz que desapareceu uma bolsa que viajantes costumam usar à cintura, contendo carteira de identidade, CPF e 8 mil dólares em dinheiro.