postado em 26/10/2009 09:13
A passageira Maria Petrúcia Ribeiro da Silva, de 68 anos, morreu na manhã de sábado pouco depois de desembarcar do voo 8079 da TAM, no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, que chegara de Nova York. Segundo nota divulgada pela companhia aérea, a aposentada começou a passar mal cerca de três horas antes da aterrissagem. A causa da morte não havia sido divulgada pelo Instituto Médico Legal (IML), até a noite desse domingo (25/10). A suspeita, no entanto, é de que Maria Petrúcia tenha sofrido da chamada Síndrome da Classe Econômica (veja arte).A delegacia do Galeão instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte de Maria Petrúcia. No comunicado que divulgou, a TAM registrou que o atendimento médico de emergência solicitado pouco antes do pouso não foi prestado pela Infraero, gestora do aeroporto. A empresa informou que o comandante da aeronave acionou o pessoal de terra, às 5h05 de sábado, pedindo socorro. De acordo com a companhia, a ambulância chegou ao local do desembarque apenas às 5h53, 25 minutos depois da aterrissagem. A essa altura, Maria Petrúcia já estava inconsciente.
A Infraero informou, nesse domingo à noite, que abriu uma sindicância para apurar responsabilidades em relação ao atendimento à passageira da TAM. A estatal, porém, negou que tenha demorado para realizar o atendimento, ao contrário do que diz a companhia aérea. Na nota, a Infraero afirma que o serviço médico foi acionado às 5h35 e que um funcionário indagou se a passageira tinha condições de ir ao posto de atendimento amparada por um empregado da companhia aérea. A ligação, segundo a Infraero, só foi retornada às 5h50, minutos antes de Maria Petrúcia desfalecer.
[SAIBAMAIS]Em entrevista a emissoras de TV, Sandra Willians, uma das filhas da passageira, disse que cartões de crédito e US$ 8 mil sacados pela mãe antes da viagem desapareceram. ;Ela estava com US$ 8 mil dentro de uma sacolinha que ela cortou e costurou. Eles rasgaram, tiraram a carteira de motorista dela, todos os cartões de crédito. Só tem mesmo o passaporte brasileiro, o passaporte americano e as besteirinhas que ela trazia dentro da bolsa. Tinha uma carteirinha com US$ 10;, relatou.
Segundo o vice-diretor do IML, Sérgio Simonsen, a uma provável causa de morte da aposentada é a Síndrome da Classe Econômica, também chamada de Síndrome do Viajante. Ele ressaltou, no entanto, que as conclusões dependem de exames toxicológicos e do inquérito policial. ;Tudo leva a crer que ela foi vítima de trombose venosa aguda, que pode acometer pessoas imóveis por muito tempo, como passageiros de voos longos. É até conhecida como Síndrome do Viajante: a pessoa fica sentada por muito tempo, forma-se um trombo na perna e ele sobe pela corrente sanguínea e pode ser fatal;, explicou.