Brasil

Governador evita comentar número de vítimas em operações policiais no Rio

postado em 26/10/2009 17:44

Rio de Janeiro - O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, voltou a admitir nesta segunda-feira (26) que faltam policiais para pacificar as comunidades onde há presença do tráfico de drogas e evitou comentar o número de mortos em confronto com a Polícia Militar nos últimos 10 dias, .

No balanço mais recente, a corporação informa que até sexta-feira 41 corpos foram encontrados ou pessoas foram mortas em confronto, sendo três ;vítimas inocentes; e mais três policiais em serviço. Foram apreendidas ainda 58 armas e 38 granadas. No final de semana, pelo menos mais duas pessoas morreram em confronto com a polícia, segundo apurou a Agência Brasil.

;Não quero discutir isso [número de mortos] sem uma avaliação feita pelas autoridades de segurança. Evidente que o desejo é de que não haja mortos. Mesmo os bandidos [o desejo] é de que eles sejam presos;, afirmou.

Segundo Cabral, a política de segurança trabalha para expulsar o crime organizado das comunidades, retomando as áreas por meio da ocupação policial. No entanto, reconhece que não há efetivo para essa tarefa. ;Não temos um contingente suficiente para num breve espaço de tempo pacificar todas as comunidades;.

De acordo com o governador, o deficit de policias militares no Rio é de cerca de 20 mil. Segundo Cabral, a ampliação da tropa para 60 mil, além de melhorias salariais e de condições de trabalho, será um dos temas de uma reunião amanhã (27), em Brasília, com o ministro da Justiça, Tarso Genro, e com o diretor da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa.

Durante inauguração de obras na zona sul do Rio de Janeiro, o governador tentou tranquilizar a população e voltou a reiterar que o principal objetivo das ações policiais é ;levar a paz; e devolver às comunidades os territórios ocupados por criminosos, que detêm vários tipos de armas, atuam ;covardemente; e ;usam moradores de escudo;.

;Nós enfrentamos uma situação onde o nível de armamento dos marginais é muito grande, quando eles reagem [a uma operação da PM] é de maneira covarde, com armas letais, quer dizer, estamos enfrentando situações como a do Morro dos Macacos, onde uma arma foi capaz de derrubar um helicóptero;, disse o governador.

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