Brasil

Jovens com HIV participam de formação para atuar em projetos sociais pelo país

postado em 29/10/2009 21:23
Jovens portadores do vírus HIV terminaram nesta quinta-feira (29/10) o primeiro curso de formação de jovens líderes promovido pelo Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids. O encontro foi finalizado com a assinatura da carteira de trabalho de 22 moças e rapazes, entre 16 e 24 anos.

Durante 11 meses, eles vão receber uma bolsa de iniciação profissional, no valor de R$ 472, e atuarão nas coordenações estaduais, nos serviços de saúde e nas instâncias de controle social da política de enfrentamento da epidemia.

Os jovens vieram de vários estados brasileiros e atuarão como disseminadores do projeto que tem como parceiros o Departamento de DST e Aids do Ministério da Saúde, a Pact Brasil - organização internacional que trabalha com cidadania - e Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid).

A diretora do Programa de DST e Aids, Mariângela Simão, disse que a iniciativa é uma oportunidade para os jovens se capacitarem. ;Esse projeto é um oportunidade ao jovem de realizar um estágio e conhecer o funcionamento da máquina pública. Eles ainda aprenderão como trabalhar com questões de prevenção ajudando a melhorar a qualidade de vida e vao ter novas perspectivas de futuro."

O soldado Cleberson Fleming, um dos beneficiados com a iniciativa, avaliou a oportunidade como forma de entrar no mercado de trabalho e também de ter acesso à informação.

;O projeto, servirá, principalmente, para quebrar preconceitos. É um passo muito importante para o jovem soropositivo a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho. Vamos atuar em estados e municípios brasileiros como agentes multiplicadores e disseminadores da informação do vírus HIV. E seremos referência para outros jovens, a partir das próprias experiências;, disse.

A expectativa é que, no final do estágio, os jovens estejam preparados para debater e opinar sobre questões de enfrentamento à epidemia. A formação possibilita ainda que, no futuro, eles possam ocupar espaços de controle social, em especial no Sistema Único de Saúde (SUS), e também de gestão governamental.

Os jovens foram escolhidos a partir de processo seletivo, por meio das coordenações estaduais e municipais de DST e Aids de todo o Brasil.

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