postado em 31/10/2009 11:53
Por muito pouco o agente de saúde Marineu Cardozo não embarcou com os nove funcionários da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e os três militares da Força Aérea Brasileira (FAB) na aeronave C-98 Caravan, que caiu na Floresta Amazônica na última quinta-feira (29/10).
[SAIBAMAIS]Marineu é filho de Marina Cardoso, uma das sobreviventes do desastre. Depois de passar a noite com a mãe no hospital em Cruzeiro do Sul, disse que os sobreviventes passam bem, apesar do estresse emocional.
O agente de saúde contou à Agência Brasil que era um dos 14 funcionários escalados para a Operação Gota, no Vale do Javari - uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Defesa para imunização em 40 aldeias da região. Ao todo, 3,7 mil indígenas receberiam as vacinas.
"Sou [do setor] administrativo e iria dar apoio logístico, mas por problemas burocráticos e orçamentários foram apenas aqueles que fariam o trabalho in loco, como técnicos e enfermeiros", explicou.
Segundo ele, quando começou a lançar as diárias de quem iria viajar, os recursos acabaram ao chegar no nono funcionário. "Fiquei pensando: nossa, poderia estar no avião. Mas veio alguma coisa. Vão [decidi] apenas os nove [da Funasa]", contou o agente.