postado em 04/11/2009 13:01
Em setembro, os satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registraram 400 quilômetros quadrados (km;) de desmatamento na Amazônia. Em relação setembro de 2008, quando o desmate atingiu 587 km;, houve queda de 31,8%. Os dados são do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), divulgados nesta terça-feira (4/11).Apesar da tendência de queda, a área desmatada em setembro ainda equivale a um terço da cidade do Rio de Janeiro.
Com 134 km; de novos desmatamentos, Mato Grosso retomou a liderança do ranking de estados que mais desmataram, depois de meses de liderança do Pará, que registrou 133 km; no mesmo período.
[SAIBAMAIS]Em Rondônia, o Inpe observou 71 km; de novas derrubadas, no Amazonas, 31 km; e no Maranhão, 14 km;. O Acre aparece em seguida, com 9 km;, Roraima com 7 km; e Tocantins com 1km;. Por causa da cobertura de nuvens, o Amapá não pôde ser monitorado adequadamente, de acordo com o Inpe.
Em toda a Amazônia Legal, a área livre de cobertura de nuvens foi de 82% da região, o que permitiu boa visualização dos satélites.
A medição do Deter considera as áreas que sofreram corte raso (desmate completo) e as que estão em degradação progressiva. O sistema serve de alerta para as ações de fiscalização e controle dos órgãos ambientais.
O desmate medido em setembro não será levado em conta na taxa anual de desmatamento para o atual período (2008/2009). O total, calculado pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), vai considerar o desmate ocorrido entre agosto de 2008 e julho de 2009. A estimativa do governo é de que o resultado seja o menor dos últimos 20 anos.