postado em 05/11/2009 14:36
O Brasil não precisa apresentar uma meta de redução das emissões de gases de efeito estufa 15; Conferência das Partes sobre o Clima (COP-15), em dezembro, em Copenhague, afirmou nesta quinta-feira (5/11) o diretor executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Augusto Fernandes.Ele disse que apresentar uma meta serviria apenas para ;mostrar o ativismo; do país. Para Fernandes, as metas serão importantes depois da COP-15 e são de caráter interno.
Segundo ele, poderia ser apresentada apenas uma meta mais específica de redução do desmatamento, principal fonte de emissão de gases no Brasil. ;Não houve discussão suficiente, principalmente com o setor privado, para o Brasil se envolver com uma meta mais geral;, afirmou.
Fernandes disse que não sabe se a meta de redução de 40% das emissões, proposta pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, reduziria o crescimento da economia no próximo ano. O diretor da CNI considera necessários estudos para fazer projeções como, por exemplo, quanto dessa meta se relaciona com a redução do desmatamento, a matriz de transporte e os setores que mais emitem gases.
De acordo com ele, o setor industrial contribui com 8,8% das emissões nacionais e 46% das fontes de energia são limpas.
[SAIBAMAIS]No último dia 3, o governo adiou para o dia 14 deste mês a definição da proposta que o Brasil levará para a conferência. O governo quer mais tempo para detalhar as medidas que serão tomadas por setores como agricultura e siderurgia para a redução de emissões nacionais de gases de efeito estufa. Até o momento, a única proposta consensual é a redução de 80% do desmatamento da Amazônia até 2020.
No dia 3, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que chefiará a delegação brasileira na COP-15, ressaltou que a proposta, a ser anunciada dentro de alguns dias, não necessariamente trará os números de redução de emissões em cada setor ; os números serão gerais.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, não descartou o número proposto por sua pasta, de redução de 40% das emissões até 2020, considerando crescimento econômico de 4% ao ano.