Diário de Pernambuco
postado em 06/11/2009 11:19
A Comissão de Direitos Humanos e Defesa da Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio e representantes de 68 movimentos sociais solicitaram ontem ao governo do estado informações precisas sobre o número de óbitos nas operações policiais realizadas desde 17 de outubro, quando um helicóptero da Polícia Militar explodiu ao fazer pouso forçado depois de ser atingido por tiros disparados por traficantes. O pedido inclui ainda a identificação de todos os mortos. Segundo a PM, na semana que se seguiu ao fato o número de mortos era de 35, sendo três PMs, três inocentes e 29 criminosos.[SAIBAMAIS]"Temos informações de pessoas de comunidades que houve mais mortes do que a polícia revela", disse a advogada Fernanda Vieira, do Centro de Assessoria Jurídica Popular Mariana Criola. As entidades civis condenam a "política de segurança baseada no extermínio e na criminalização da pobreza, que desconsidera a vida humana e coloca os agentes policiais em situação de extrema vulnerabilidade". Em frente ao prédio da Secretaria de Segurança Pública, no centro do Rio, manifestantes colocaram 40 cruzes em vasos de planta para representar os mais de 40 mortos nos confrontos. Nas cruzes havia interrogações, para demonstrar que nem todos os mortos foram identificados.<--# GFO FIM TEXTO GFO #-->