postado em 08/11/2009 16:57
O estudante Arthur Ferreira Márquez, de 18 anos, que de manhã havia participado de um campeonato de futebol, à tarde, estava na segunda partida de sinuca no Piscinão de Ramos, zona norte do Rio. Ele disse, porém, que a atividade de mais gostou, entre as oferecidas pelo Viradão Esportivo neste fim de semana, foi o jumping, que fez no sábado (07/11), primeiro dia do evento.Arthur disse que nunca tinha feito essa tipo de aula, ;de ficar pulando no trampolim;, e defendeu o oferecimento desse tipo de oportunidade ao pessoal da comunidade todos os dias. Segundo ele, assim, todos podem se divertir e não ficam pelas ruas, sem ter o que fazer. ;É bom brincar, alivia o coração.;
Durante 33 horas, o evento, coordenado pela Central Única de Favelas (Cufa), promoveu mais de 4 mil eventos em dezenas de bairros da cidade.
Com os termômetros marcando 40; C nos dois dias do Viradão, as atividades mais procuradas foram as realizadas à beira-mar, que reuniram milhares de pessoas. Ainda assim, longe da orla, na Vila Olímpica da Mangueira, na zona norte, dezenas de jovens participaram de um campeonato de basquete. Na Lapa, no centro da cidade, as atividades atravessaram a madrugada. As atrações foram o basquete de rua e o parkour, atividade que consiste em saltar obstáculos de modo rápido e eficiente.
Representante da Cufa, Patrícia Dantas disse que presenciou nos dois dias muitos episódios gratificantes para os realizadores do Viradão Esportivo. ;Ontem (7), na Lapa, vi um senhor e dois rapazes jogando sinuca no espaço para jogos de mesa. Ele era do Ceará e estava aqui a trabalho, um dos meninos morava na rua e o outro era atleta de parkour. Eles não se conheciam e estavam ali se divertindo e batendo papo. Achei emblemática essa cena do objetivo do Viradão Esportivo, que é usar o esporte como ferramenta de integração e inserção social;.
O evento será encerrado com um show do cantor Zeca Pagodinho, no Piscinão de Ramos às 18h.