Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre números do Registro Civil no ano de 2008 mostra que as potiguares estão tendo filhos mais cedo. O número de mães com idade entre 20 e 24 anos cresceu no Rio Grande do Norte, revelando mudança no padrão de fecundidade. Antes as mulheres do estado, assim como as demais brasileiras, tinham filhos principalmente nas faixas etárias de 25 a 29 ou 30 a 34 anos. O estudo, divulgado na quarta (25), aponta também que a maioria dessas mães geram crianças do sexo masculino. Porém, a diferença nas taxas de mortalidade masculina torna, posteriormente, a população feminina maior.
Sobre esse dado, a pesquisa revela que os homens norte-riograndenses estão em quarto lugar, proporcionalmente, no quesito vítimas de óbitos violentos do Nordeste. Por último o estado é apontado, juntamente com Pernambuco, como detentor de um dos maiores índices de divórcio em 2008. "As estatísticas são resultado da coleta de informações prestadas pelos Cartórios de Registro Civil daspessoas naturais, varas de família, foros ou varas cíveis e os tabelionatos de notas do país", informa o supervisor de disseminação de informações do IBGE, Ivanilton Passos de Oliveira.
A proporção de registros de nascimentos, por grupo de idade da mãe na ocasião do parto no RN em 2008, segundo a investigação mostra que: 20,9% das mulheres possuíam menos de 20 anos de idade; 32,2% de 20 a 24 anos; 23,4% de 25 a 29 anos; 13,9%)de 30 a 34 anos; 6,6% de 35 a 39 anos; 1,9% de 40 a 44 anos; 0,2% de 45 a 49 anos e; idade ignorada (0,9%). "A pesquisa investiga a questão da maternidade das jovens menores de 20 anos, uma questão social importante, devido aos riscos de mortalidade e sobrevivência da mulher e seus filhos, pois, a maioria são adolescentes que vivem em precárias condições socioeconômicas", observa Ivanilton Passos.
Mortes
Investigando as informações sobre óbitos violentos (homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, quedas acidentais, afogamentos) de jovens do sexo masculino entre 15 e 24 anos de todo o país, o RN está na quarta posição, sendo superado apenas pelos estados do Espírito Santo, São Paulo, e Mato Grosso.
Separações
As estatísticas do Registro Civil, sobre casamento no RN, atribui o crescimento verificado no período (1998/2008) a demanda de casais que procuram formalizar suas uniões consensuais, incentivados pelo Código Civil renovado em 2002. Observa-se que tivemos em 1998 uma taxa de nupcialidade legal por mil habitantes no RN de 5,3% e passamos em 2008 para uma taxa de 6%.
Fazendo contraponto a essa informação no que se refere à taxa geral de divórcios no RN, tivemos em 1998 taxa de 0,6% e passamos em 2008 para 1,6%, que juntamente com Pernambuco (1,6%), em 2008, foram as maiores taxas de divórcio do Nordeste. O RN registrou um total de 854 separações, sendo 69,7% separações judiciais consensuais concedidas e 30,3% não-consensual.<--# GFO FIM TEXTO GFO #-->
Informações do Diário de Natal